Capítulo 32

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"Talvez eu esteja muito ocupado sendo seu para me apaixonar por outra pessoaAgora pensei bem sobre issoMe arrastando de volta para você

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"Talvez eu esteja muito ocupado sendo seu para me apaixonar por outra pessoa
Agora pensei bem sobre isso
Me arrastando de volta para você." - Do I Wanna Know?, Artic Monkeys


Miyuki atravessava aquele andar em passos apressados, segurando uma enorme caixa de papelão retirada da sala de arquivos. A sua chefe, Youko, e toda a sua equipe estava com o trabalho dobrado para realizar uma propaganda impecável. A chegada de um novo produto, o diamante sintético, na empresa exigiu um maior empenho dos funcionários. Por isso, a jovem não queria ficar para trás ao ver todos ao seu redor se esforçando.

Enquanto se dirigia até a sala de Youko, ela acabava esbarrando em alguém fazendo a caixa e, consequentemente, os documentos em seu interior caírem no chão.

— Desculpa, moça.

A sua voz suave a fez se questionar internamente se ele era um funcionário da empresa. O rapaz se abaixou junto com Miyuki a ajudando a recolher os papéis. Ele possuía cabelos negros e lisos tocando seus ombros. A sua pele era morena, possuindo os mesmos traços faciais do Dinesh – apesar de ter cílios mais longos e um nariz mais fino – exceto os olhos dourados como duas gotas de mel.

— Sem problemas, eu quem estava distraída. — ela dizia sorrindo sem jeito e o rapaz retribui o sorriso, expondo as covinhas nas bochechas. — O senhor seria...?

— Pode me chamar apenas de Kiran. Eu sou o irmão do dono da empresa.

Miyuki não conseguiu esconder a expressão surpresa, o que rendeu uma baixa risada do mais novo. Ele se erguia entregando a caixa para jovem com um sorriso gentil.

— Vocês são tão...

—... diferentes, eu sei. Eu e o Dinesh temos nossas divergências de filosofias, mas sou igualmente competente para liderar a empresa.

Talvez tudo fosse mais fácil se o Kiran tivesse sido o diretor, mas por que eu ainda prefiro o canalha do irmão dele?, ela pensava.

— Entendo. E o senhor está aqui para supervisionar o trabalho na ausência dele, certo?

— Na verdade, eu estou acompanhando a mamadi. Ela veio conversar com o atual diretor sobre umas questões administrativas.

— Mama... O que?

— Significa mãe. — comenta contendo a risada. — Desculpa, às vezes não consigo abandonar a minha língua nativa.

Naquele momento, ela recordava do Dinesh falando "baldi" e não pôde deixar de rir baixo, pensando em como um homem frio como o seu chefe poderia parecer fofo ao usar tal termo.

— Eu gosto dessas expressões.

— Sério? Que curioso! Bem, eu preciso ir antes que ele apareça.

O filho perfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora