The Half Of It - A História Continua

SURPRESA

Depois de duas semanas, Sr.Scott apareceu na empresa, reuniu-se comigo, disse que já tinha se reunido com a Aster, e que as novas ideias implantadas estavam da forma como ele esperava e que o corpo presidencial da empresa também havia aprovado. Uma energia contagiante nos invadiu – Já combinei com a Aster um happy hour hoje e eu não espero um "não" como resposta, srta.Chu! – Ele disse de forma autoritária, mas descontraída. Sorri sem jeito pela forma reconfortante em que estava sendo acolhida ali, sentia-me motivada para continuar dando o meu melhor diariamente – SIM!!! Eu vou! – Eu disse sorrindo – Excelente! – Ele sorriu de volta – Bom, agora eu preciso verificar mais algumas coisas na empresa mas nos encontramos no saguão hoje no final do expendiente, Ellie. – Ele disse se retirando da sala – Conte comigo! – Eu disse sobre meu ombro, assim que voltei minhas atenção à digitação de um relatório que ele havia solicitado.

...

Nos vemos mais tarde!

Assim que vi sua mensagem, essa simples mensagem, meu coração disparou, como posso estar assim? Ainda...

Eu digitei algumas milhares de vezes coisas do tipo "Estou com saudade", "Não vejo a hora de nos encontrarmos", "Contando os segundos para nos encontrarmos", "Também quero te ver!" e tantas outras coisas desse tipo e no final mandei um...

Conseguimos! <o/

Não queria parecer de qualquer forma com necessidade de vê-la por mais que isso fosse verdade, era uma verdade que eu guardaria para mim...

E ela me respondeu em seguida, da forma como eu já esperava...

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Eu sorri espontaneamente e voltei aos meus afazeres da empresa, estava tão entretida nas minhas obrigações que não notei o avanço da hora.

Eva bateu na porta de minha sala e adentrou – Já está no horário, srta.Chu!

...

Estávamos começando a ficar embriagados, todos ali e eu não conseguia disfarçar a maneira como eu olhava para Aster enquanto ela soltava seu corpo e eu observava sua silhueta sobre a luz baixa do salão do bar, era incontrolável, era como um ímã que me atraia para ela, era puro instinto – É melhor você dar uma disfarçada, srta.Chu! – Eva cochichou em meu ouvido, a fitei sem graça, beberiquei rapidamente meu drinque – Que bobeira, Eva! – Dei de ombro – Ou é melhor parar de beber – Ela gargalhou e eu resolvi comer alguma coisa pois a bebida realmente estava tirando meus pés do chão, fui até o balcão e pedi um petisco para a garçonete e de repente senti um ombro se chocar com o meu – Ei... – Ela disse me olhando de canto de olho – OI! – Foi quando eu realmente percebi que não estava tão bem o quanto gostaria e ela riu – Feliz? – Ela perguntou com um sorriso de canto – Feliz de felicidade ou feliz por causa da bebida? – Ela gargalhou de novo – De felicidade... – Ela disse. – Os dois! – Eu disse triunfante e ela balançou a cabeça negando, bebericando sua bebida em seguida, ficando alguns segundos pensativa – Me ajuda? – E me fitou. – Como? – Dessa vez fui eu que beberiquei minha bebida, ela estava começando a me deixar tremula de ansiedade com um misto de nervosismo – Como eu era? – E ela me fitou e eu fiquei sem reação lembrando das diversas vezes que a vi de vestido com sua jaqueta batida por cima ou como ela prendia seu cabelo em um coque e deixava umas madeixas soltas – Digo, nós éramos próximas, não éramos? Você era como minha melhor amiga? Uma rival? – Ela bebericou novamente sua bebida e riu com certo nervosismo e eu me desvencilhei daquelas lembranças – Disputávamos a necessidade de ser a melhor em tudo? Disputávamos alguém? – Ela gargalhou com essa possibilidade – Ou..só estudamos na mesma escola? – Ela voltou sua mirada para mim, ansiando por respostas, e eu me ajeitei do lado dela tentando evitar demonstrar meu tremor – Não sei se é hora e lugar para falarmos sobre isso... – Beberiquei minha bebida e ela esboçou um espanto com a minha resposta – Então deve ser algo bem ruim para você não querer falar... – Ela tentava arrancar de mim e eu a fitei com os olhos semicerrados – Meu Deus! – Ela aumentava a demonstração de espanto e dessa vez fui eu que ri negando com a cabeça – Acho que não é hora, Aster! Curti esse momento - Apontei para a mesa em que o pessoal da empresa se encontrava, ela voltou seu olhar para eles e depois para mim – Temos tanto tempo, não temos? – Eu disse mordiscando meu lábio inferior e sentia que se continuasse conversando com ela ali eu começaria a falar o que eu não deveria. Ela desdenhou do que eu disse e me fitou com curiosidade e eu fiz de conta que não tinha mudado nada ali e assim que meu petisco chegou eu voltei para a mesa.