Entrevista.

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Capítulo 2 Entrevista.

No dia seguinte eu acordei as cinco horas da manhã. Queria estar bem apresentável na entrevista e pelo que Ino havia me dito na noite anterior, ele era uma pessoa bastante exigente. Coloquei o vestido que Ino havia solicitado e peguei o blazer branco assim como ela havia pedido também. Meu scarpin estava um pouco sujo o que me deu um certo trabalho para limpá-lo sem me sujar.

Quando ficou aceitável eu os coloquei e me avaliei no espelho. Misericórdia! Eu estava igual à boneca Bárbie. Será que só eu conseguia ver a palavra fútil gritar no meio da minha testa? Fui até Ino que já me esperava no balcão da cozinha. Ela girava as chaves em seus dedos e quando notou a minha presença seu rosto se iluminou de tal forma que me fez sorrir junto com ela.

– Porra! - ela deixou escapar um palavrão. - Sasuke vai ficar louco com você!

– Ele não precisa ficar louco. - disse sem jeito. - Ele só precisa me dar um emprego.

– Isso também. - ela começou a me avaliar. - Eu nunca te vi tão bonita assim.

– Opa! Valeu! - disse um pouco ofendida.

– É sério! - ela segurou as minhas mãos. - Você está divina.

– Não estou parecendo meio fútil?

– Pode ser que sim. - ela voltou a me avaliar. - Mas quando você abrir a boca, esse estereotipo vai cair por terra.

– Tomara.

Pegamos as nossas coisas de cima do balcão e fomos para o carro de Ino. Eu queria ir com o meu gol bolinha, mas ela fazia questão de me levar e de almoçar comigo. O que me fez pensar que talvez a entrevista pudesse demorar um pouco para ser realizada.

O prédio onde Ino trabalhava não era longe. Chegamos em menos de vinte minutos e isso no caos de São Paulo. Era um prédio grande, com mais de vinte andares o que me deixou nervosa. Uma empresa daquele porte significava que era importante. Respirei fundo antes de entrar. A primeira coisa que eu pude perceber era a quantidade de gente entrando e saindo. Muito advogados com os seus clientes discutido sobre processos e eu pude pegar a palavra "Jurisprudência" várias vezes ser citada aqui e ali.

Ino me levou até uma menina de longos cabelos escuros. Ela tinha belíssimos olhos cinzas que combinavam com a cor escura dos cabelos. Ela digitava sem parar em seu computador enquanto falava com alguém no telefone. Ela apenas dirigiu um olhar para Ino, mostrando que já iria nos atender. Desligou o telefone e nos encarou com um largo sorriso.

– Olá, Ino. - ela parou de digitar para dar completa atenção a minha amiga. - Nosso chefe já chegou. - ela se levantou debruçando-se por cima do balcão de antedimento. - Ele está naqueles dias. - sussurrou.

Ino me olhou com cara de desanimo. É. Lá estava o azar. Ele sempre me acompanhava. Fazer o quê? O que tiver que ser, será. Ino se despediu de Hinata, que por sinal era uma mulher muito bonita e simpática e entrou no elevador comigo logo atrás. Ela começou a estalar os dedos e eu comecei a suar. Precisava tirar aquele blazer.

– Não se atreva a tirar esse blazer. - ela me olhou pelo espelho do elevador. - Dou na sua cara se começar a desistir agora.

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa a porta do elevador se abriu e Ino saiu comigo em seu encalço. Ela parou na frente de outra grande mesa onde uma mulher arrumava uns papéis e colocava dentro de uma pasta grande preta.

– Tsunade. - Ino chamou a mulher que lhe olhou enviesado. - Como ele está hoje?

– Estressado. - ela continuou a guardar só documentos na pasta. - Está de mal humor, como na maioria das vezes. - deu de ombros. - Essa é a menina que você indicou? - perguntou olhando pela primeira vez em minha direção.

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