Simplesmente Amor.

Primeira de muitas

"Sexo bom é aquele que penetra sua alma, te toca o coração e te faz sonhar de olhos abertos".

Capítulo 30 – Primeira de muitas

Sakura estava nervosa.

Eu conseguia sentir a atmosfera pesada no quarto. Os dedos finos dela dedilhavam a estante de livros. Ela sabia o que estava para acontecer entre nós. Ainda assim parecia nervosa. Tentava olhar para qualquer coisa, menos para mim. Dividir sua atenção com a mobília era frustrante.

— Seu quarto é bem simples — dava para notar o nervosismo em sua voz — mais simples que o meu.

— Meus pais gostam de agradar os hóspedes. — disse contendo um sorriso — Não vejo muita razão para ter muitos móveis dentro de um quarto. Acredito que uma cama, a lareira e a banheira já estão de bom tamanho pra mim — ela riu. Foi um riso repleto de nervossismo, eu diria até um pouco forçado.

Resolvi não interferir no interesse dela pela mobília. Era estranho vê-la me evitar, mas até que eu estava gostando desse jogo. Poderia fazer isso o quanto quisesse, pois eu não a deixaria se afastar de mim mais tarde.

Finalmente quando ela se cansou de olhar tudo ao seu redor, me encarou. Riu, e dessa vez genuinamente e tornou a ficar séria novamente. Ela estava tendo uma briga interna. Contudo, ela não tirou os olhos de mim.

Não sabia o que aquela troca de olhares significava, mas eu gostava. Deixa o clima mais tenso, mais pesado, mais excitante. Sakura pareceu entender isso. Mordeu levemente o lábio inferior me provocando. Antes mesmo de dizer a ela que estava apaixonado, até mesmo antes de beijá-la pela primeira vez, eu me dei conta de que a desejava desde o momento em que a vi sentada na recepção da Uchiha's esperando para ser entrevistada.

Ela mordeu mais ainda o lábio inferior e caminhou até mim lentamente.

Deus! Que caminhar sensual. Nunca vi nada como aquilo. A cada passo que ela dava, mais o meu corpo ficava rígido, mais eu a desejava. Pensei que não houvesse como desejá-la mais do que eu já a desejava.

Eu me enganei.

Se aproximou fazendo um carinho em meu rosto e contornou o desenho da minha boca com a ponta do dedo indicador. Tomei a sua mão e chupei aquele dedo ainda sem desviar os olhos dela. Se o olhar dela já estava sombrio antes, eu não sei dizer como ficaram agora. Eles brilhavam com uma intensidade absurda. Era como se uma nuvem de escuridão estivesse passando por eles. Tinha total certeza de que era desejo. Ela também me queria e isso foi o que bastou para mim.

Beijei a parte interna do seu pulso.

Tracei uma trilha de beijos do pulso a seu pescoço, ela se arrepiava com meu toque. Quando eu cheguei em seu pescoço, afastei seu cabelo para o lado e fui inebriado pelo perfume. Aquele se tornou o meu perfume preferido. Sakura ofegava conforme eu beijava o seu pescoço inclinando cada vez mais a cabeça para que eu tivesse mais acesso a ele.

Continuei a trilha de beijos até chegar em seus lábios. Nosso beijo foi diferente de todos os outros. A paixão e o desejo era cada vez mais evidenciados pela exigência e a entrega daquele beijo. Nossas línguas se movimentavam em uma dança sensual nunca experimentada antes. Apertava-a de encontro com o meu corpo explorando cada parte dele com as minhas mãos. Conseguia sentir cada pedacinho, mas eu queria muito mais.

Minhas mãos estavam em todos os lugares.

Contornavam o macio traseiro, massageavam os seios ainda que por cima da roupa, passeavam pela parte nua de suas coxas. Ela levou suas mãos a barra da minha camisa e com muita agilidade e habilidade ela logo foi parar no chão. Seus dedos dedilharam o meu peito e um suspiro escapou de seus lábios.