O fim?

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"Bom seria se as pessoas soubessem ir embora sem levar um pedaço de nós..."

Capítulo 34 – O Fim?

Pelo barulho, acho que alguma coisa de vidro caiu no chão.

— Que barulho foi esse?

— Veio da cozinha. Roza deve ter deixado alguma coisa cair. Vou lá ver — soltei a mão de Sakura, mas ela me puxou de volta e selou nossos lábios em um beijo avassalador. Em pouco tempo estávamos sem folego. E com aquele beijo eu vi que Sakura reforçava tudo aquilo que me disse há poucos segundos quando afirmou que me amava.

— E você ainda quer que eu acredite que está sem energia?

— Agora você pode ir — ela disse. Eu a beijei de novo suavemente terminando com alguns selinhos.

Não sei porque, mas me pareceu errado deixá-la sozinha. Tive que fazer uma enorme força para me afastar dela. Enquanto atravessava a sala de jantar para ir a cozinha, não pude deixar de pensar em quantas vezes pensei em despedida nos últimos dias. Primeiro a ligação do meu pai, depois na conversa com Sakura, e até mesmo agora, no nosso último beijo que parecia de fato uma despedida. Acho que fiquei doido. Talvez devesse ouvir os conselhos de minha mãe e procurar uma terapia.

Todos os meus pensamentos foram dissipados quando entrei na cozinha e vi uma travessa de vidro ao chão, espalhando comida para todo lado, e mais adiante o corpo de Roza caído. Corri até ela que estava desacordada, e me segurei para não tocá-la. Estava ferida. Tinha um corte, não muito profundo, mas que sangrava bastante na testa perto da raiz do cabelo.

— Carlos! — chamei o motorista, mas não obtive resposta. Precisava tirar ela dali e levar para um hospital, mas duvidava que conseguiria sem ajuda. Ela era bem pesada.

— Roza — toquei o rosto dela com sutileza — acorda. — eu não tive resposta — Fala comigo, por favor. Quem fez isso com você? CARLOS! — chamei mais alto, mas ninguém apareceu. Onde foi que ele se meteu?

— Sa... Sasuke. — Roza começou a se mexer e falou com dificuldades.

— Oi. — acariciei sua mão para lhe dar conforto — Roza, estou aqui com você. Vai ficar tudo bem tá?! Vou te levar para o hospital, e você vai ficar bem. — ela levou a mão ao rosto mas eu a impedi de tocar no ferimento — Não toca. Você tá machucada. Sabe me dizer o que aconteceu? — ela se sentou e então ficou muito agitada.

— O senhor está bem?

— Estou ótimo. Você é que não me parece bem.

— E Sakura?

— Tá lá na sala, ela está bem também. Roza, o que foi?

— Um homem. Um homem de preto entrou pela porta dos fundos. Ele estava armado, não sei como ele conseguiu entrar. — eu gelei e minha garganta ficou seca — Eu ia gritar, mas ele me acertou na cabeça com a arma e então eu não vi mais nada. Vocês precisam sair daqui. É perigoso.

— Você consegue levantar? — ela se apoiou em meu braço e se levantou com dificuldades. A vontade que eu tinha era de sair correndo atrás de Sakura, mas não podia deixar Roza sozinha machucada ali. Eu a conduzi para um quartinho onde se guardava as roupas de cama, mesa e banho que tinha atrás da cozinha e a deixei sentada no chão, escorada nos armários.

— Faça um favor para mim? — disse tirando meu celular do bolso — quero que ligue para a polícia e para uma ambulância. — entrei o celular a ela — Tranque a porta quando eu sair. — vi o pânico crescer em seus olhos. — Acha que consegue fazer isso?

— Senhor... É perigoso. Não pode ir lá sozinho.

— Eu sei. Vou tomar cuidado. Mas tenho que buscar Sakura. Vou trazê-la para cá.

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