Capítulo 18 – Perseguição.
Minha noite foi péssima. Tive um sonho horrível com a minha mãe. Sonhei com o acidente dela, o que me fez acordar com calafrios e dor de cabeça. Antes do acidente de carro acontecer, ela estava feliz e acenava para mim com um brilho para intenso que o próprio sol. Lembro que senti meus olhos queimarem com tamanha claridade. Ela segurava duas passagens de avião em mãos e estendi as mesmas em minha direção antes de entrar no carro e sumir no meio de tantos outros. Antes do meu sonho me projetar para o acidente dela, consegui ver o destino das passagens – Holanda. E ai meu corpo foi até o lugar onde o carro dela estava capotado e um rio de sangue escorria pela lateral da porta do motorista, quando olhei para dentro do carro me deparei com os seus belos olhos verdes opacos, sem vida. Eu acordei assustada às três da manhã e não consegui mais dormir. Isso me rendeu uma bela olheira, mas quem se importa?
De manhã, Temari e eu estivemos sozinhas no escritório e posso dizer que aquele lugar estava uma paz. Contudo, isso mudou logo depois do almoço, pois Sasuke tinha uma reunião co a equipe de advogados e logo todos ficariam agitados e correndo de um lado para o outro. Nada que não fosse normal. Ok, talvez tivesse apenas uma coisa fora do normal: Sasuke chegou e estava sorridente, não que isso fosse ruim, mas o que aconteceu depois foi estranho. Estranhamente adorável.
— Boa tarde — entrou assoviando, repito, assoviando.
— Boa tarde — respondi com os olhos vidrados no computador, ele havia passado por mim e então voltou e ficou me olhando sem dizer nada.
— O que foi? — perguntei.
— Tudo certo para a reunião?
— Sim, já está te esperando lá na sala de reunião. — ao em vez dele ir, ele continuou lá, parado, me olhando.
— Quer alguma coisa, Sasuke? — disse impaciente, a noite passada realmente azedou o meu humor.
— Está tudo bem?
— Não, meu chefe não me deixa trabalhar. — ele sorriu.
— Algo mais a incomoda? — ele estava sendo gentil, não havia motivos para eu descontar as minhas frustrações nele.
— Não. — suspirei — só estou tendo um dia ruim. — fiz um coque no meu cabelo e ele acompanhou cada movimento meu.
— O que posso fazer para ele melhorar?
— Você? Além de entrar naquela sala e acalma aqueles advogados agitados? — o encarei — Nada.
— Tem certeza?
— Tenho — sorri, ele estava sendo cuidados, estava me dando atenção e naquele momento eu me senti feliz. — Acho que as únicas coisas capazes de melhorar o meu dia, seriam: minha pantufa, meu edredom e um pote de sorvete de morango. — e você do meu lado me abraçando e me beijando, eu acrescentei mentalmente.
— Nesse caso, eu não posso ajudar mesmo. Mas se você quiser ir para casa, tá liberada. Hoje nossa agenda está bem tranquila.
— Não. Se eu for é capaz de ficar pensando e tudo o que eu não quero agora é pensar. Vou ficar, obrigada.
— Disponha — ele sorriu. Me olhou por mais um momento e foi para a sala de reuniões. Antes de entrar me olhou novamente e balançou a cabeça para mim.
Ok, pode não ter sido nada. Porém, meu coração idiota e estúpido não encarava aquilo como nada. Eu me apegava a cada momento que tinha com Sasuke, por mínima que seja. Eram as únicas coisas que eu tinha dele. E, sinceramente, provavelmente eram as únicas que eu teria. Graças a Sasuke meu dia melhorou um pouco, mas aquele sonho idiota permanecia na minha cabeça.
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Simplesmente Amor.
RomanceDepois que perdeu a sua mãe, Sakura se vê em uma maré de azar. Nunca parando em emprego nenhum, até sua amiga Ino, com quem mora junto no centro de São Paulo, consegue uma entrevista de emprego no escritório onde trabalha. Lá Sakura conhece Uchiha S...