Morte?

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"A morte é uma festa surpresa sem convidados".

Capítulo 35 – Morte (?)

Eu nunca acreditei em ditados populares, mas sabe aquele que diz: "tudo o que é bom dura pouco"? Foi tudo o que eu pensei quando vi o homem parado armado olhando para mim na sala de estar da casa de Sasuke. Ele tinha ido para a cozinha ver o que tinha acontecido com Rosa e estava demorando. Levantei-me do sofá disposta a ir até lá e ver o que estava acontecendo quando o vi.

Um homem alto, largo, que estava vestido de preto e que tinha uma touca na cabeça que só permitia que os olhos azuis dele fossem vistos. Eu não sabia quem aquele homem era e o porque estava apontando uma arma para mim. Por um momento eu pensei que pudesse ser um assalto e sabia que isso devastaria Sasuke, uma vez que ele passou pelo mesmo muitos anos atrás. O desfecho não foi favorável. Sasuke havia perdido sua irma, sua esposa e filho e quase perdeu sua mãe também.

Tudo o que eu queria naquele momento, é que Rosa segurasse Sasuke o máximo de tempo possível na cozinha. Que ele demorasse até que esse homem fizesse o que tivesse que fazer. Por incrível que pareça, em momento algum eu tive medo por mim, eu estava com medo por Sasuke. E esse pavor foi elevado à enésima potência quando ele apareceu atrás do homem misterioso com um cutelo na mão.

Em me rendi ao homem e rezava para que Sasuke sumisse dali e ligasse para a polícia, que ficasse escondido em algum lugar em segurança. Mas ele não moveu um único músculo. Ficou ali segurando o cutela como se sua vida e a minha dependessem disso. Tudo ficou pior quando o homem disse que as balas tinham um dono, e esse seria o meu Sasuke.

Eu sabia o que ele faria. Tentei lançar olhares sem denunciá-lo ao homem, mas ele parecia bem convicto do que fazer. Pra falar a verdade, Sasuke não poderia ter outra atitude senão me defender. Eu sabia que ele faria qualquer coisa para isso, até mesmo colocar a sua vida em risco.

E ele colocou.

Precisava protegê-lo já que ele mesmo não fazia isso. Por isso, enquanto ele conversava com o homem e esse parecia ter esquecido da minha existência naquela sala, eu me aproximei devagar e peguei um vaso de cima do aparador. Minha ideia era acertar ele na cabeça do homem, mas ele foi mais rápido do que eu.

Ele atirou.

Ele atirou covardemente no homem da minha vida. Sem dó, piedade, remorso ou sem pensar duas vezes. Não consegui conter o grito de desespero e isso o fez voltar a sua atenção para mim. Infelizmente, estava perto demais, mas, ainda assim, tentei acertar o vaso na cabeça dele. Ele desviou e o vaso se espatifou no chão. Como prêmio de consolação ele me deu um tapa tão forte que me fez perder o equilíbrio me fazendo ir até o chão. Eu tinha despertado a sua raiva e ele faria comigo a mesma coisa que fez com Sasuke. Ele estava pronto para atirar em mim quando ouvimos sirenes da polícia.

Eu não sabia quem tinha chamado a polícia, mas eu amava essa pessoa. O homem saiu correndo pela porta da frente me deixando sozinha na casa com Sasuke. Sasuke que estava caído no chão e que manchava o carpete com sangue.

— Sasuke. — Toquei o seu rosto. — Amor, fala comigo.

Ele mexia a cabeça devagar e pela forma como apertava os olhos eu tinha certeza que estava tonto e não tinha noção nenhuma do que estava acontecendo.

— Calma, a polícia já chegou. Ele tentou fugir, mas eu tenho certeza que vão pegar esse maldito. Ele vai pagar pelo que fez com você. — Eu disse, mas não tive certeza se ele estava conseguindo me ouvir. — Você vai ficar bem. Só fica de olhos abertos e respira. — falei fungando. Não consegui evitar o choro. O ferimento de Sasuke não parava de sangrar. Por mais que eu segurasse firme, sangue escorria por entre os meus dedos. O movimento leve da mão de Sasuke chamou minha atenção.

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