XLVI. Paris

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Pq quem é vivo sempre aparece.

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Uns dos contos preferidos da minha mãe era de Hades e Perséfone, ela sempre me falava para tomar cuidado para não apagar presa como ela, mas agora, fugindo de Nicholas mais uma vez por que não conseguir resistir a ele, vi que não escutei minha mãe.

Eu comi a fruta e estava presa no submundo.

O submundo dele.

Não podia acreditar que tinha me deixado levar pelos os seus encantos  novamente, eu era péssima em resistir à coisas proibidas por isso que provavelmente iria ao inferno se ele sequer existir.

Respirei fundo entrando no carro e encostando a cabeça no volante, soltando um buzina sem querer.

Quase não resisti, estava com a romã na boca, não mordi por pouco.

Você comeu tanto dessa romã que mais uma mordida nela não faria diferença. Meu cérebro completou.

Essa romã deve ser mordida por outra pessoa agora.

Oh, droga.
Outra pessoa já tinha mordida essa romã, e foi com ela na cabeça que não dei outra mordida hoje.

Nicholas tinha a Donna.
Eles estavam juntos.

Eu quase fui a outra hoje, quase...
fui a mulher que separou meus pais.

Não, Vênus, não. O que uma coisa tem a ver com a outra? Não misture isso.

Eu estava exausta, meus pensamentos estavam a mil e queria tanto minha cama que desejei ter o poder de me teletransporta para lá,e quando cheguei apenas me deitei, sem tomar banho ou comer algo e muito menos sem pensar que amanhã teria um encontro com minha romã novamente.

Eu só poderia pedir aos céus que amanhã tivesse forças para resistir e não morde-lá.

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Me arrependi de não ter tomado banho ontem pois tive que acordar 20 minutos mais cedo só para isso.

— Você está com uma cara péssima. — Mathew falou sorrindo ao entrar na sala, ele estava radiante como sempre. Ele não trabalhava, não fazia nada a não ser estudar, não sabia quem pagava sua mensalidade e o quarto dele na fraternidade mas de qualquer forma o invejava. — Hora extra no trabalho?

— Hora extra é o caralho, não recebo nada, fiquei até as duas da manhã.

— Tem aula na Eros hoje? — Ele perguntou interessado até demais quando o professor entrou e começou a colocar suas coisas sobre a mesa, tirando vários trabalhos que provavelmente ele iria entregar para fazermos. Soltei um gemido chorando e coloquei a cabeça sobre a mesa.

— Sim.

A aula começou, eu gostava dessa matéria, ensinava a estudar o comportamento humano. Quando o sinal tocou, todos saíram e eu seria uma desses todos se não ouvisse algo.

— Srta. Collins? — Ouvi meu nome ser chamado pela a voz grave do professor e levantei a cabeça rapidamente.

— Sim, senhor?

Perguntei dando um sorriso fraco e ele ficou me encarando, parecendo em transe. Logo ele balançou sua cabeça parecendo voltar ao nosso planeta.

— Venha até aqui. — Ele estava sentado em sua cadeira, seus cabelos loiros penteados para trás, seus olhos castanhos me encarando bravos.

Me dirigi até lá, deixando Mathew sair com um olhar de dúvida que eu apenas retribui dando de ombros.

Parei em frente sua mesa desejando minha blusa de frio já que meus ombros estavam de fora nessa blusa e o vento que entrava pela a porta aberta vinha diretamente até mim.

Love Or Sex?Onde histórias criam vida. Descubra agora