Love Or Sex?

chapter twenty six

"Querido girassol.

Às vezes me pergunto como deixei que isso tomasse essa proporção, por que não te contei no primeiro momento?
Quando a primeira pessou falou e já citou que sabia? Acho que fiquei com medo por que pessoa que quem contou para ela, fui eu.
Me lembro claramente de você pedindo segredo, me fazendo prometer, meu pai sempre me ensinou que as únicas coisas que valem nesse mundo são nossas palavras e se prometemos uma coisa, devemos fazer, ah, meu raio de sol, eu já desejei não ter prometido nada, eu desejei que você não ligasse para a opinião das outras pessoas mas eu sabia que você ligava, não podia deixar que seu nome corresse de novo esses corredores.

Essa carta vai te explicar tudo e se você está lendo, eu já fui.."

- Nicholas? - Minha mãe me chamou e eu deixei de escrever para olhar. - O jantar está pronto, você vem?

- Sim, eu já estou indo. - Coloquei o rascunho da carta entre meus livros e me levantei. Passei a mão pelo meu colar de girassol idêntico ao de Vênus que estava sobre a cômoda. Eu havia comprado um para mim e um para ela.

Minha irmã, vivia falando que uma carta era a forma mais sincera de falar algo para alguém, além de ser muito romântico, eu sempre achei brega mas ontem, assistindo Anne with an E, algo se iluminou na minha cabeça.

"Mas você não é Gilbert Blythe."

Foi a resposta do meu subconsciente e eu não podia deixar de concordar, aquele garoto era perfeito.

- Ansioso para o jogo? - Meu pai perguntou assim que me viu, ele tinha um pano no ombro e tinha acabado de por a mesa.

- Um pouco. - Fui até a cozinha para terminar de pegar as coisas para por na mesa e me sentei.

- Alguém quer salada? - Eu perguntei e os dois negaram. - Sobra mais pra mim.

- É até bom você só comer salada Nicholas, assim você pode comer um pedaço da minha... - Ela fez mistério e meu pai bateu na mesa como se fosse tambores. - Torta de maça. - Torta de maça? Algo veio a minha mente, lembranças. - Receita da vovó.

- Acha que eu fui bem? - Perguntei para Vênus, e ela riu, passando os braços pelo meu pescoço e ficando na ponta do pé para me dar um selinho.

- Bem? Elas estão apaixonadas por você. - Não pude evitar dar um sorriso de felicidade, eu amava quando os familiares de alguém gostava de mim. - Não sei como você pode ser tão conquistador.

- É um dom hereditário. - Passei a mão no cabelo como se estivesse me gabando.

- Nicholas, não vai passar mal por ter comido a torta? - Ela estava preocupada comigo.

- Não, meu girassol, eu comi pouco e fiz bastante abdominais hoje. - Eu sabia que comeria doce hoje, então fiz o dobro de abdominais que normalmente fazia.

- Para ter essa barriguinha, precisa fazer bastante mesmo, como você consegue? - Ela passou a mão gelada pela minha barriga quente e eu comecei a me animar. - Como você consegue ser tão gostoso?

Eu segurei em seu rosto, de modo que alguns dedos entrassem em seu cabelo e com o outro desse para fazer um carinho em sua bochecha.

- Se me acha gostoso assim, é por que ainda não me viu em cima de você na cama.

- Nicholas? - Ouvi meu nome sendo chamado e voltei para minha realidade - Está tudo bem?

- Sim, mãe, eu amo sua torta de maça, mas já comi doce hoje, não posso. - Eu coloquei uma folha de alface na boca e me encolhi na mesa.