— Nick! — Entrei em casa me equilibrando com as várias sacolas do mercado em uma mão só e comecei a caminhar para a cozinha. — Você acredita que só essas coisas aqui foram quase 300 krones? Eu sinceramente não sei onde esse mundo vai parar, o capitalismo vai acabar com tudo e daqui a um tem...
Paralizei perto do batente da porta quando avistei meu noivo de costas, havia um boné vermelho virado para trás em sua cabeça e a única coisa que usava era um avental preto. Sua pele pálida em contraste com a roupa plastificada, tatuagem de Dragão em suas costas, batendo de frente com a beleza de suas pintinhas marrons em sua bunda arrebitada e suas pernas torneadas.
Acho que acabei de ter um orgasmo.
— Hm? — Ele murmurou virando a cabeça para mim e mexendo uma panela no fogo, havia um tablet apoiado sob a bancada e uma senhora fazia a mesma coisa que ele em um vídeo. — O que disse,amor? Não consegui escutar.
Abri a boca para responder mas nada saiu, nem sequer lembrava do que estava falando.
Larguei as sacolas sobre a mesa de vidro no centro da cozinha e andei até a bancada, me sentando sobre ela. Seus olhos foram até os meus por um segundo e logo depois ele sorriu.
— Você quer me matar? — Murmurei apontando o dedo indicador em seu rosto.
— Como assim? — Peguntou desligando o fogo e caminhando até ficar entre minhas pernas.
— Você sozinho já é uma perdição, agora você cozinhando sem roupa, Nicholas, só pode ser por que você quer me matar. — Abracei seu pescoço com ambas as mãos e enlacei sua cintura, trazendo seu corpo para mais perto do meu. Pude sentir seu pau com o interior da minha coxa.
Nicholas deu um sorriso ladino antes de enfiar sua cabeça entre meu pescoço e começar a dar beijos molhados.
— Está cozinhando o que? — Sussurrei sentindo os pêlos do meu corpo se arrepiarem.
— Torta de maçã. — Sussurou com a voz risonha.
— Nem fodendo. Está seguindo a receita da minha vó? — Olhei para o fogão só então percebendo as maçãs cortadas dentro da panela.
— Na verdade, não. — Seu corpo se afastou para mexer a panela e me mostrar a massa esbranquiçada que já forrava a assadeira redonda. — Estou tentando fazer uma torta fit, por causa das diabetes. Preciso me cuidar, certo?
Cruzou os braços sobre o peito forte e eu assenti.
— Precisa mesmo, se você morrer, eu te mato. — Puxei seu corpo para o meu novamente e o abracei forte sentindo seu corpo quente e fechando os olhos, perder Nicholas ainda me assustava muito, os eventos anteriores ainda rodavam minha mente e sua cicatriz perto da virilha estava lá para me lembrar, sempre.
Me lembrar que um de nós poderia partir a qualquer momento e isso me assustava. Nunca havia sentido medo da morte e ainda não sentia medo de morrer, mas o medo de perder Nicholas ou qualquer um que eu amava ainda me assombrava.
Senti seus braços me rodearem e o cheiro gostoso de seu corpo, ele provavelmente havia tomado banho depois que sai até por que seu corpo cheirava a sabonete.
— Eu te amo. — Segredei aquilo ali, entre todas aquelas vasilhas sujas e frutas cortadas.
Os olhos de Nicholas procuraram pelos os meus antes de encostar nossas testas.
— Eu te amo. — Cochichou antes de beijar minha bochecha e encaixar sua cabeça em meu pescoço novamente.
Não sei por quanto tempo ficamos ali, parecíamos eletrônicos descarregados, que trocavam energia entre si para poderem ser ligados novamente, Nicholas era minha energia, minha luz, meu sol, e o melhor era saber que eu era o mesmo para ele.
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Love Or Sex?
Teen FictionNaquela em que Vênus Collins não honra seu nome como deusa da paixão e sensualidade e por isso acaba ficando solteira, e decidida a se vingar pede aulas de sexo ao inimigo do seu ex namorado, Nicholas Reed, o próprio Eros.