Capítulo 27

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POV MELISSA

A Rebeca apaga no sofá. Se alguma coisa acontecer com ela eu não me perdoarei nunca. Começo a chorar descontroladamente. Percebo uma ambulância parar na frente de casa e levarem a Rebeca. Tento chegar perto dela, mas o Caio me segura.

- Ei, calma. Ela ficará bem. - o Caio me abraça.

- A culpa de tudo isso é minha. - choro tanto que caio no chão. O Caio fica ali no chão sem me soltar um segundo sequer.

- Nada do que está acontecendo é sua culpa. - ele acaricia meu cabelo e seca minhas lágrimas, pelo menos tenta, porque eu não paro de chorar.

Eu não posso perder a Rebeca. Por que sempre que eu me esforço ao máximo para me entregar aos sentimentos e tentar fazer dar tudo certo, sempre dá tudo errado? Poxa, eu só queria que as coisas dessem certo. Eu sempre me esforço tanto.

- Eu quero ir ao hospital para saber como ela está. - saio dos braços do Caio.

- Eu te levo mas, primeiro você precisa tomar um banho para relaxar e limpar esses machucados. - ele se levanta e me ajuda a levantar.

[...]

Tomo banho e o Caio me ajuda a limpar os machucados.

- Você é uma mulher muito forte. - o Caio me olha fixamente.

- Obrigada. - murmuro e olho para o chão.

- Nós não conversamos mais desde a festa lá em casa. - percebo a insegurança na voz dele. Seu olhar mostra que ele não sabe se devia ou não ter tocado nesse assunto. Ele logo acrescenta: - Podemos deixar isso para depois você deve estar cansada... - eu o interrompo.

- Por que você não desistiu de mim? Era só uma aposta. Tudo foi uma mentira. Por que você não desiste? Tantas meninas te idolatram... Você é cobiçado por 99,99% da meninas e até por alguns meninos... - paro de falar quando ele coloca meu rosto entre suas mãos.

- Não foi tudo mentira, não é... Mesmo que muitas pessoas queiram ficar comigo nenhuma delas é você. Eu te amo! Você faz meus dias terem sentido, faz os dias nublados ficarem ensolarados... Você me faz até ser romântico... - interrompo-o com um beijo e ele retribui.

- Eu também te amo! Promete que NUNCA mais vai mentirá para mim? - eu olho para ele e percebo que seus olhos estão brilhando.

- PROMETO! - ele praticamente grita e me pega no colo.

- Ai! - meu corpo está dolorido por causa da surra que eu levei.

- Desculpa amor. - ele me solta com cuidado.

- Vamos ao hospital?

- Vamos. Eu vou te levar porque, sua mãe teve que ir a delegacia.

- Ok. Mas, você não tem dezoito anos ainda. Você só terá em dezembro. - relembro-o séria.

- Eu sei mas, falta pouco.

- Quando você fizer dezoito você dirige, enquanto não fizer nem cogite a ideia. - falo séria - Vamos pedir um carro por aplicativo.

- Tá bom. - ele bufa e nós dois começamos a rir.

Quando saímos de casa o carro ainda não está lá na frente.

Enquanto esperamos o carro, vejo um homem todo de preto parar do outro lado da rua. Ele pega uma arma e aponta para o Caio. Quando o homem de preto vai apertar o gatilho, tudo começa a girar. Olho para as mãos do homem e elas estão golpeadas, seu rosto está só um pouco iluminado, mas consigo reconhecê-lo, é o Guilherme. Será que esse pesadelo nunca acabará? O Caio não tem que pagar pela loucura do Guilherme. Entro na frente do Caio. Tudo isso começou por minha causa, já basta a Rebeca ter pago por isso, ninguém mais precisa pagar. A sorte é que a arma dele falhou.

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