Capítulo 22

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POV REBECA

Acordei com uma claridade imensa na cara. Demoro um pouco pra raciocinar onde eu estou. Olho para o lado e vejo a janela aberta com o sol batendo na minha cara.

Pablo está literalmente deitado em cima de mim. Não me lembro dele ser tão pesado assim. O pior que eu estou com muita, mais muita vontade de ir no banheiro, só que não quero acordá-lo. Tento tirar ele de cima de mim sem que ele acorde, mas não dá certo.

- Bom dia  - ele fala se mexendo para cima e me dando um beijo.

- Bom dia. Então... Eu estou morrendo de vontade de ir ao banheiro, só que meu namorado na sai de cima de mim. - falo calma, ele ri e sai de cima.

Eu pulo da cama e corro para o banheiro. Faço minhas higienies. Eu me olho no espelho e estou com a cara inchada de tanto chorar. Molho para ver se melhora, mas é a mesma coisa que nada. Saio do banheiro vejo Pablo desmaiado na cama. Começo a rir com a cena.

Olho para o relógio e já são quase nove horas. Acordo ele com a maior dificuldade do mundo. Espero ele ao  banheiro, ele é pior que eu, demora um século lá dentro. Depois de uma vida inteira, ele sai lá de dentro e nós descemos para cozinha.

Ontem, quando chegamos, eu fui direto para o quarto, e nem tive tempo de olhar os cômodos direito. Assim que chegamos na cozinha, que não era uma cozinha, e sim uma mesa enorme cheia de comida, com um lustre no teto. Que chique. A mãe do Pablo estava sentada tomando seu café.

- Bom dia. - ela disse tomando um rápido gole de café. Ela se levanta e vem me dar um abraço. Eu retribuo. Ela me solta.

Ela vai em direção ao Pablo, mas ele dá um passo para trás. Ele entende o recado e volta para o seu lugar.

- Se sentem. Podem ficar a vontade. O Marcos já foi trabalhar. - ela se levanta novamente e sai colocando um monte de comida em um prato. Depois que tem uma montanha de comida, ela coloca na minha frente - Depois de uma noite difícil, a melhor coisa é comer. - ela dá um sorrisinho.

- Muito, muito obrigada mesmo por deixar eu ficar aqui essa noite. Se não fosse por você, eu teria que passar a noite lá em casa.

- Que isso. É uma honra receber a minha nora aqui em casa. - assim que ela me chama de nora, eu me sinto meio desconfortável na cadeira. Eu olho pro Pablo, e o mesmo está consentradíssimo no seu café.

- Ah, obrigada também por ter salvado a minha vida.

Eu e ela conversamos bastante sobre várias coisas. Ela disse que pediu folga do trabalho para passar a manhã com a gente. Ela é super gente boa. Agora eu sei de quem o Pablo puxou.

- Vai ficar essa noite também? - a Carol pergunta.

- Não. Essa noite eu volto para casa. - dei um sorriso falso.

Odeio contar mentira. Mas eu realmente não quero passar a noite aqui, pelo simples fato de o Pablo estar desconfortável. Ficar na mesma casa que sua mãe, não é fácil.

- Então vamos subir? Para arrumar as coisas? - Pablo fala já se levantando da cadeira.

- Vai na frente. Daqui a pouco eu subo. - falo o mais calma possível.

Eu ia tentar resolver essa história agora. Pablo me olha desconfiado. Ele fica me encarando a espera de uma explicação, mas eu não falo nada. Ele desiste e sobe para o quarto.

- Olha, eu conheço a peça. Se tem uma coisa que é, é cabeça dura. Só é questão de tempo para ele se reconselhiar com a senhora... E desculpa está me intrometendo. - solto tudo de uma vez.

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