Capítulo 16

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POV REBECA

Um mês se passou, e tudo na minha vida está maravilhoso. Eu e o Pablo estamos praticamente namorando, só não é oficial, pois ainda não ouve pedido. Minha amizade com a Melissa fica cada vez mais forte, e eu gosto disso.

Pablo sempre anda frequentando minha casa, mas ele nunca dorme aqui, pois meu pai nunca seria capaz de deixar. Kamila se aquietou mais. Isso me dá até medo do que ela pode estar tramando.

Nesse momento estou lendo um livro para ver se eu relaxo um pouco. Até o meu celular começar a tocar, era o Pablo.

Ligação on

- Oi, está tudo bem?

- Não. Melissa acabou de sair daqui, ela viu o que não devia ver. Saiu pisando duro. - ele fala rápido demais.

- O que ela viu Pablo?

- Melhor você ligar para ela. Não quero me meter mais nisso. - ele desliga na minha cara.

Ligação off

Eu mato ele. Mas antes de fazer isso, eu devo ligar pra Melissa. Eu digito rápido o nome dela na tela e ligo.

Ligação on

- Oi - ela estava chorando.

- Vem aqui pra casa. Assim você aproveita e passa a noite.

- Tá bom... Minha vida está de cabeça para baixo.

- Olha Melissa, vem direto para casa, ouviu?

- Sim.

Ligação off

Um dos meus maiores medos são da Melissa cometer um deslize de novo, igual a última vez que ela foi parar no hospital.

Alguns minutos se passam, e eu ouço passos vindos correndo pelos corredores da casa. A porta do meu quarto se abre, e lá estava ela com a cara toda manchada e molhada de tanto chorar.

Ficamos abraçadas por um bom tempo, até ela se acalmar e começar a falar.

- Acabei de ver o filho da mãe do Caio, a centímetros da boca da Luana. Se eu não tivesse chegado, eles já teriam se beijado. - ela deixa algumas lágrimas caírem.

- Eu sabia que tinha algo a ver com a Luana.

- E antes de ver essa cena, eu fui a casa para ver se minha mãe estava bem, e também para matar a saudade. Quando eu chego lá, meu pai, o meu PAI estava sentado no sofá da minha casa.

- Calma ai, o seu pai? Aquele que largou a sua mãe e você? Aquele cara que tem o mesmo sangue que você? - eu estava boquiaberta.

- O próprio. - ela deita de um lado da cama e eu do outro. Ambas olhando para o teto.

- O que ele queria?

- Recuperar o tempo perdido.

- O que você vai fazer em relação a tudo isso?

- Não vou mais olhar na cara do Caio, e vou ignorar o homem que é meu pai. - meu celular começa a tocar. - Se for ele, não atenda. Por favor.

- Não é, é um número desconhecido. - eu atendo.

Ligação on

- Alô? Quem está falando?

- Sou eu Rebeca. O Caio.

- De quem é esse número?

- É o daqui de casa. Se eu ligasse pelo meu, você não atenderia, então esse foi o único jeito.

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