Capítulo 12 - Ao Celeiro

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Uma semana se passou desde que tudo aconteceu.

Cestiali permaneceu com seu treinamento para fazer seu chifre soltar os raios que tanto almejava.

Não que isso fosse lhe dar algum mérito, ela apenas queria terminar o que começou. Depois de descobrir a forma de poder emanar seu poder, tentou o manifestar de várias formas, mas no geral, nunca conseguia sair do mesmo.

Percebeu que, já que ficava triste e soltava o tal "raio azul", ela começou a forçar ficar triste. Começou a assistir cenas de uma novela que ela gostava em looping, era uma cena triste, logo ela chorava com facilidade.

Fez isso por um tempo até Persin meio que a obrigar a parar já que isso estava começando a afetar o psicológico da garota.

-E-e-ele... m-morreu na frente da pessoa que ele amava... UAAAAAAAAAAAAAAH!!! – Chorava a menina, deitada na grama em posição fetal.

-Shh, calma. – O rapaz fazia cafuné nela, enquanto pensava no que dizer. – Podia ser pior, em vez de um tiro de pistola podia ter sido um de fuzil e...

-...

-Digo...

UAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!!

-Ô merda...

(...)

Depois de um tempo, ambos se reúnem novamente no jardim. Cestiali queria treinar para poder ir para o trabalho e ter o mesmo desempenho que seus cuidadores, não queria ser apenas uma café com leite.

-M-mas eu não quero ficar parada! – Exclamava com as mãos serradas. – Eu quero ficar forte que nem vo...

-Opa, opa, opa, calma lá, viu? Eu sei que você anda animada com tudo e tal mas, não é pra tanto. Se você continuar daquele jeito, acaba entrando em crise existencial e talvez coisa pior.

-Então... o que eu posso fazer?

-Hm. – O rapaz pôs a mão no queixo e olhou para a menina. – Treina seus braços.

-Como?

-É olha. – Ele pega o braço esquerdo da mocinha. – Ele é muito frágil e ósseo, qualquer pancada nele e "puft", ele quebra.

-Ah, você acha é? – Ficou um pouco envergonhada, afinal, era praticamente ouvir um "você é fraca" direto na cara, nesse sentido pelo menos.

-Sim, mas é assim mesmo, aqui, vou preparar um ambiente legal!

(...)

Persin improvisou um saco de pancada e o pendurou no galho de uma árvore.

-Ué, mas cadê o ambiente? – Indagou a menina.

-Err... tá aí.

-Mas é só um saco de pancada.

-Não se prenda a detalhes, é o suficiente por enquanto. Agora vai! Acerta ele.

-O-OK! – A menina correu desengonçadamente, e deu um soco meio torto no saco, porém. – AIAIAIAI! M-MINHA MÃO! – Cestiali segura sua mão com força, havia se machucado. – P-por que que...

-Err... só botei pano velho atochado aí dentro. – O rapaz apenas põe a mão atrás da nuca.

-P-POR QUE FEZ ISSO COMIGO?!

-É apenas pano mas, como você não treina, no começo vai ser assim mesmo.

-Hm... – Cestiali teria que se acostumar com isso, afinal, queria chegar no nível de seus cuidadores. – Ok, vou detonar!

(...)

Um tempo se passou, para ser mais exato, uma hora.

-Cestiali, tá com fome? – Klen vinha voando cintilantemente até sua alimentadora, segurando um cookie. – Aqui, tinha 10 na tigela, aí comi eles e deixei esse pra você caso quisesse.

Neve Quente (Volume 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora