-Então... o que queriam conversar comigo?
Persin e Hágata sentaram no sofá, e Cestiali em um banquinho. Preparados para um diálogo.
-Cestiali, então... – Hágata estava tentando articular bem as palavras. Suada e preocupada, não sabia como dizer aquilo.
-Aconteceu algo? – Seu chifre escurecia graças ao medo e tensão.
-Olha... – Hágata suspira. – Meu irm... o Banne, quer que você vá trabalhar como uma júnior na polícia.
-Sei que pode ser meio difícil no começo, mas...
-DEIXA EU TERMINAR DE FALAR! – Gritou Hágata.
-Ah...
-Desculpa...
-Então... vou ter que me separar de vocês? – Perguntou com o coração palpitando.
-N-NÃO QUERIDA! A única condição que queríamos é que nós continuássemos com você... – A mesma coça a cabeça. – A gente vai ter que encontrar aquela pessoa que cuidava de ti antes pra podermos ter sua guarda.
-Minha guarda? – Indagou.
-Sem ela, a pessoa que cuidava de você, pode até denunciar a gente. – Respondeu Persin. – Por estarmos com você sem permissão.
-Hm... – Cestiali vira o rosto. – Mas eu não quero voltar para a Cynthia. Eu tô feliz aqui!
-Querida, a gente sabe, mas poderia só nos dizer onde ela está? Talvez resolva!
-Eu não lembro. – Disse frustrada. – Ela me buscava na escola e me deixava em casa quase que o dia todo, e eu não lembro como voltar.
-Ai, aquela desgraçada deve ser uma vagabunda. – Resmungou Hágata. – Cachorra.
-Não xinga assim na frente dela. – Falou Persin. – Bem, mas o seu trabalho de policial é apenas como uma mascote.
-Mascote?
-É, eles querem tirar a má reputação deles, com uma imagem "fofa" como a sua.
-Oh. Mas onde eu vou ficar?
-Por enquanto aqui. – Hágata se recompunha. – Mas talvez eles chamem você só pra prestar um serviço rápido na Capital, tirar uma foto talvez, no máximo.
-Bem, então não mudou muito. – Cestiali sorriu. – Que bom! Será que ganharei mais dinheiro pra ajudar as pessoas?
-Ajudar?
-É! Eu quero começar a doar! – Respondeu. – Se for pra eu ajudar as pessoas como vocês, quero começar assim! Eu e a Klen estávamos conversando em vender sanduíchinho natural pra arrecadar dinheiro.
-Ai, querida! Isso é tão lindo? Né amo...
-... – Persin juntava suas mãos todo corado, dando risadinhas e lacrimejando. – Q-que orgulho...
Estava de noite. Persin já tinha dado (de novo) dinheiro da graxa de sapato que ele guardava pra ajudar a comprar revestimento para o moinho. Klen estava dormindo e Money também, mas dessa vez colocaram um colchão para ela dormir.
(...)
-Boa noite, querida. – Hágata dá um beijo na testa de Cestiali que estava indo dormir, e alisa seu cabelo, dando um sorriso. – Sabe que cê é tudo pra mim, né?
-Sim... – Cestiali dá um sorriso torto.
-O que foi?
-A Money falou pra mim que vocês são quase meus pais. – Corou um pouco, nunca conseguiu conversar direito sobre o que sentia a respeito. – Você... acha que é verdade?
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Neve Quente (Volume 1)
FantasyQual seu propósito de viver? Ter dinheiro? Ter amigos? Fazer o bem ao próximo? Talvez tudo isso, certo? Mas e se você nascesse com seus objetivos pré-determinados? Se tudo que você fosse fazer, já tivesse sido programado, e não só isso, suas obrigaç...