Trégua (Parte 3)

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Se sentiu feliz pelos óculos escuros, assim pelo menos conseguia disfarçar o fato de não conseguir tirar os olhos dela. Estava de pé perto da churrasqueira quando a viu surgir no batente da porta acompanhada pela prima naquela manhã, usava apenas um short, curto demais na opinião dele, o tecido sumiria se ele fechasse a palma da mão na bunda dela. Não levava absolutamente nada além do biquíni na parte de cima dando a ele uma visão bastante clara dos seios fartos e da pele macia a qual vinha sentindo falta nos últimos dias.

Agora ela estava sentada do outro lado da mesa de costas para ele enquanto conversava com Ceren a prima que tinha passado boa parte da manhã deitada sob o sol agora estava sentada ao lado de Engin e Kaan bem próximos a ele, tão próximos que involuntariamente estava se tornando expectador do assunto : Eda Yildiz.

Eles não eram nada sutis.

— Eu estava me perguntando se a Eda viria, sabe? Gostamos muito dela na empresa, a garota é brilhante. — Engin girava uma latinha de cerveja incapacitado de deixar os objetos onde deveriam estar.

— Ela não queria a princípio porque viria sozinha. — A garota morena, Figen disse sem esboçar qualquer expressão.

— E ela não tem um namorado que pudesse acompanhá-la? — Kaan soltou e Serkan sentiu a boca do seu estômago se apertar.

A garota riu achando graça dos dois.

— Entendi... — Figen disse levando o copo com água até a boca. — Querem saber se Eda está em um relacionamento? Não acho que seja interesse direto de vocês. Mas responderei assim mesmo... — Ela desviou seus olhos castanhos dos dois quando os prendendo nele quando respondeu. — Eda não tem um namorado… — Disse por fim.

Serkan sentiu vontade de sorrir para ela, mas não o fez, ao contrário disso levou seus olhos para o filho que acabava de se afastar de Selin e caminhava em direção a Eda e Ceren.

— Eda... — Ele a chamou com a voz doce, ela deixou de lado a conversa redirecionado sua atenção total a ele. — Estou com fome.

— Oras, e por que está dizendo isso a ela e não a mim que sou sua madrinha?

Ele olhou de uma para a outra e então chegou mais perto da morena se prendendo a sua cintura.

— Eu quero a Eda tia Ceren. — Ceren deixou seu queixo cair e ergueu uma mão reconhecendo a derrota. Não julgava o filho, tinha tido tempo para observar os dois juntos no decorrer dos dias e das semanas e sim, ela dedicava a ele toda atenção que tinha mesmo em meio ao trabalho e fazia aquilo sem qualquer esforço, sorrindo e com sinceridade, o tratava como um igual, mas com toda a delicadeza que um menino da idade dele exigia. Era bom observa-los.

Ele também queria Eda.

— Emir! — Serkan o chamou fazendo as mulheres se virarem. — Eu estou aqui, poderia ter me dito que estava com fome.

Serkan se levantou indo até eles.

— Mas eu quero a Eda papai.

— Eda está ocupada.

— Eu não estou… — O cortou se colocando de pé.— O que quer comer pequeno?

Ela inclinou a cabeça para o menino e ele deveria fazer o mesmo mas ao invés disso deixou que seu olhar caísse para os seios, agradeceu mais uma vez pelos óculos escuros.

Ceren limpou a garganta ao seu lado, e agitou a cabeça o repreendendo.

Como ela sabia?

— Eu gosto de macarrão. — Emir respondeu com o rosto completamente rosado pelo sol.

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