⚠ Aviso no começo do capítulo apenas para dizer que sentimos muito por ter deixado vocês esperando tanto, tivemos um problema na semana passada - eu tive - e por isso atrasamos. Porém cá estamos novamente e não se preocupem, ás vezes eu sumo, mas sempre volto. Neste caso voltamos. Aproveitem o capítulo. ⚠
💞
Istambul, 15:34 horas.
Casa dos Bolat.
Eda abaixou a tampa do notebook ligado à sua frente e estudou o menino com um biquinho astuto para ela. Emir tinha potes nas mãos e sobre a mesa já havia deixado dois recipientes de vidro. Ele a encarou por um longo tempo sem dizer uma palavra sequer, deixou os outros potes na mesa e se aproximou de Eda a pequenos passos. De onde estavam – na sala de jantar – conseguiam escutar Serkan ao telefone, Eda trabalhava ali por ser mais próximo do jardim e da sala, enquanto Serkan ocupava o escritório do primeiro andar. Serkan era naturalmente estressado, não com ela ou com Emir, mas com o trabalho e desde o "acidente" na Art life vinham trabalhando em casa. Ele estava se dividindo entre os projetos que tinham e a reforma do lugar, passava o dia trancado lá e quando saia montava o sorriso mais lindo no rosto para convencê-la de que tudo estava bem. De certo modo estava, mas ainda assim, tinha aquele peso que ele insistia em carregar sozinho. Não queria sobrecarrega-la estando tão perto do parto, então, tomava todas as responsabilidades para si e a deixava apenas com o leve.
Projetar jardins.
Emir colou o ombro a lateral de seu corpo e esperou como se aguardasse que ela desvendasse seus pensamentos. — Você trouxe um montão de coisas. — Eda disse calma analisando os objetos. — Para que tudo isso?
Emir sorriu largamente para ela.
— Podemos fazer uma floresta ali dentro? — Eda franziu um pouco o rosto.
— Uma floresta?
Saltitante ele se afastou dela para a mesa e arrastou os recipientes de vidro em sua direção. — É, uma igual ao jardim que tinha na sala do papai antes de pegar fogo. Eda sorriu com a lembrança do terrário que tinha dado de presente a Serkan, o menino tinha trazido de tudo, menos o essencial: plantas.
— Quer fazer um terrário?
— Isso, quero um bem bonito... vamos fazer dois. — falou sinalizando com os dedos. — Um para o papai pôr na sala dele já que ele perdeu o que você tinha feito e um para a minha irmaum. Quando ela nascer vai saber que fui eu que fiz.
— Vem! — Eda o chamou com os braços esticados e esperou que ele se aproximasse para aperta- ló contra o corpo, Emir resmungou quando ela o apartou mais forte. — Você vai ser um ótimo irmão, sabia? — ele se remexeu nós braços dela até que o aperto se afrouxasse. — Sua irmã vai ter muita sorte de ter você cuidando dela. Ele encolheu os ombros erguendo o rosto para ela.
— Eu vou ser o melhor Irmaum de todos, mamãe. Você o papai vão ficar muito orgulhosos de mim. Segurando o rosto dele entre as mãos Eda distribuiu pequenos beijos pelo rosto rosado do menino, Emir se perdeu em uma gargalhada longa antes de suspirar quase sem ar.
— Falando no seu pai, acha que deveríamos chamar ele para nos ajudar com o terrário?
Ele olhou ao redor, a voz de Serkan ainda era audível pela casa.
— Ele parece ocupado. — Emir parou para prestar atenção na voz e então se virou novamente para Eda. — Acha que ele viria um pouquinho?
Ela não Respondeu de imediato, fingiu seriedade ao pensar na pergunta, fez uma tentativa frustrada de se levantar rapidamente, a barriga pesava e incomodava as costas. Recuperou o ar buscando apoio na mesa até conseguir ficar de pé. Emir passou um dos braços pelo corpo dela, mal alcançava sua cintura. Estava tentando dar a ela um pouco de apoio exatamente como o pai fazia, guardou para si a risada já a ponto de lhe escapar. O filho começava a tomar as manias de proteção do pai como suas, a segurava pela mão para descer as escadas, arrumava os travesseiros e almofadas, lhe perguntava se precisava de algo a cada cinco minutos, erguia seus pés para apoia-los em qualquer superfície alta e fazia carinho em sua barriga a cada oportunidade. Era quase cômico observar os dois disputando espaço para conversar com o bebê, normalmente os horários colidiam mais com a noite já que Emir insistia em contar histórias para a irmã e Serkan o acompanhava com suas próprias conclusões lógicas. Nem sempre os dois chegavam a um consenso sobre o final, mas para ela era sempre divertido ver como seu marido argumentava seus pontos de vista com um menino de cinco anos.
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À segunda vista |✅|
FanficSerkan Bolat tem a vida devidamente sob os trilhos e tudo a sua volta em perfeito controle. Controle dele, é claro. Seu filho está saudável e sua empresa de arquitetura nunca esteve melhor. Mas algo acontece e seu melhor paisagista precisa partir...