...É uma surpresa!

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Quando o nosso coração escolhe alguém não existe absolutamente nada que possamos fazer para nos livrarmos disso, desse sentimento, somos surpreendidos por uma imensidão de sentir..."

Istambul, 13:13 horas. 
ArtLife.

Eda se sentou atrás de sua mesa havia passado parte da manhã debruçada sobre aqueles projetos, parado apenas para o almoço e, ainda agora, sentia que não havia progredido nada. 

Culpa de Serkan Bolat. 

Ao menos sua mente insistia que está era a verdade.  

Apertou um lápis entre os dedos pensando no motivo de todo aquele suspense. Haviam passado um final de semana incrível, Emir mais do que qualquer um tinha se divertido, mesmo que hora ou outra ele voltasse do mar emburradinho e se virasse para ela com a sua já conhecida frase favorita dos últimos dois dias.  

Eu quero um irmaum.”  

Só de lembrar a mente dela dava um giro de 360°. 

Ela queria ter filhos, não era um segredo. Era um desejo seu e sabia que no dia em que acontecesse essa criança seria de fato irmão de Emir, primeiro porque não imaginava outro pai em seu futuro, simplesmente não conseguia visualizar outro rosto senão o de Serkan. Segundo porque o ruivinho que vinha caminhando em sua direção agora mesmo de mãos dadas com Leyla, era seu filho.  

— Mamãe! — Emir cruzou a porta com a mochila balançando em suas costas e correu em sua direção com os braços abertos. 

— Leãozinho! — Eda o ajudou a subir em seu colo e recebeu o abraço caloroso do menino. — Como foi na escola?  

Ele piscou para ela, os cílios longos adornavam seus olhos espertos e brilhantes.  

— Olha aqui! — Ele disse mostrando seus dentinhos onde uma janelinha aparecia. — Viu?  

— Minha nossa! — Eda exclamou. — Quando caiu?  

— Hoje de manhã… Papai disse para eu deixar debaixo do travesseiro. Será que a fada já passou e me deixou as liras? Eu queria muito tomar um sorvete.  

Esperava que Serkan não houvesse se esquecido das liras com havia esquecido de lhe contar que Emir tinha perdido seu primeiro dente.  

Aquele homem estava distraído, calado e misterioso demais desde que voltaram de Antalya.  

Tinha insistido tanto para que ela fosse para casa que Eda imaginou que ele já tinha se cansado dela. Mas ele ainda a olhava com carinho, com amor.  

Mas cada vez que ela entrava em sua sala ele parecia mudar completamente. Ficava nervoso e desconversava de absolutamente tudo, parecia sem paciência na verdade.

O que a deixava com um sentimento estranho de desconfiança, era por isso que seus projetos estavam pela metade quando já deveriam estar concluídos. 

A culpa era dele.  

Suspirou com o menino em seu colo. — E o seu pai? — Perguntou.  

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