Capítulo 8 - Vida e morte

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Antes do cap, tenho uma novidade pra vocês. Agora estamos no instagram, e lá eu vou postar diálogos e videozinhos para deixar ainda mais real essa história que vocês amam!

https://www.instagram.com/procurase.umpai/




Pedro


Antes mesmo do carro estacionar, eu abro a porta apressado. O motorista pisa fundo no freio e um pequeno solavanco faz com que eu segure a porta com mais firmeza. 
Meu celular está tocando incansavelmente, isso porque eu sai correndo do apartamento sem dizer uma se quer palavra para todos que estavam lá. 

Até porque, o que eu diria? Preciso saber o que realmente aconteceu antes de contar a alguém, e eu estou covardemente assustado. 

Dou três socos fortes da porta de uma casa. E o que parece horas, são segundos, para que eu seja atendido. Insisto nos socos e finalmente Leandro abre a porta assustado, não tanto quanto eu. Mas seus olhos estão esbugalhados enquanto ele tenta ajeitar os cabelos grisalhos, fios finos e bagunçados. 

- Estou te ligando e você não me atende! - Acusa - Fiquei assustado.

- Você? - Eu indago, quase um grito. - Imagina eu que fiquei sabendo por mensagem que o Matteo está morto. Porra, Leandro, o que aconteceu? Foram só alguns socos. Eu matei o desgraçado? 

- Entra, por favor. - Ele pede, dando-me passagem.

Estou desnorteado, e dou passos fundos e rápido para dentro da sua casa. Vejo alguns brinquedos no chão, a televisão está desligada e a poltrona está afundada, provavelmente ele tirava um cochilo quando eu cheguei. Um cochilo bem preocupado.

- Provavelmente a hora da queda, da qual você o empurrou para o chão, quebrou a costela dele. - Coçou a nuca, inquieto e sentou-se no sofá. - Você é forte e jovem, Pedro. Matteo não. E bom, uma delas perfurou o pulmão dele. Foi uma infelicidade, não era para ter acontecido...

- Meu Deus. Meu Deus. Meu Deus. Eu matei ele. - Minhas pernas me levam para um lado e o outro, quase consigo cavar um buraco no chão.

- Olha, caso sirva de consolo... Ninguém na empresa irá depor. Todos estão falando de uma queda na escada... Isso é triste, mas, ele era odiado por todos... Isso foi cruel, não?

- Muito - Concordo, mas sei que isso é verdade - A morte do Matteo é só a ponta do iceberg. Os Vasconcelos vão questionar, todos sabem das inúmeras brigas e ameaças, isso com certeza não vai ficar assim.

- Você tem os melhores, Pedro - Garante - Você tem 60% da empresa. Sinceramente falando, você é o famoso: cachorro grande. Ninguém se meteria a besta, o melhor escritório de advocacia trabalha com você. 

- Théo apareceu? - Pergunto, ao lembrar das outras porcentagem da empresa. 

- Não. Continua incomunicável. 

Eu não fui a única vítima do Henry, o meu irmão meio-sangue também foi. 
Lembro da competição que ele fazia entre nós dois, uma imbecilidade sem fim, querendo que um fosse melhor que o outro. O problema é que Théo era o oposto, odiava a empresa e amava a gastronomia. Henry não aceitava que seu filho fosse virar um 'cozinheiro' qualquer e não um empresário de sucesso. Eu sentia pena, e acredito que por medo de ser apedrejado igual ao meu irmão, eu cedi as ordens do maníaco que o Henry se tornou. E o mais desumano, é que ele tinha apenas oito anos quando isso acontecia. Depois disso a Angélica, sua mãe, sumiu com ele do mapa. 

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