Não me matem.
Tive alguns problemas, contudo, vou finalizar esse livro pra vocês.
Faltam pouquíssimos capítulos, talvez dois ou três.
Recuso a sétima ligação da Helena.
A décima da Antonella.
E ignoro as quinze mensagens do Kaio e treze ligações perdidas, ele sempre foi o mais desesperado.Massageio a minha testa tentando fazer com essa dor latejante pare. Eu perdi o controle da situação, não estou mais sabendo lidar com tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo.
O Kaio é pai.
Antonella foi violentada.
Eu sou pai.
Théo está querendo ficar.
Henry quer acabar com a minha família.
O que eles esperavam que eu fizesse? Mantivesse a calma nessa bosta que está a minha vida? Eu não consigo nem digerir o fato de que sou responsável por outra pessoa estar vindo a esse mundo. Como conseguiria criá-lo enquanto Henry estivesse em nossas vidas?
Meu celular toca no banco do passageiro, enquanto eu dirijo. Dessa vez é a Amélia. Pego o aparelho sem tirar os olhos da rua e atendo.
- Querido. - Sua voz é triste, contudo, reconfortante.
- Oi, mãe.
- Eu sei onde você está indo. - Aperto o volante com mais força.
- Mãe, eu...
- Eu sei, meu amor. - Ouço ela fungar do outro lado e isso faz com que a minha vista fique embaçada. Eu odeio magoa-la. - Vocês precisam acabar com essa guerra. Antonella me disse o que você fez, sobre a ordem que deu aos seus seguranças... Pê, você acha justo?
- O que é justo, mãe? - Indago - Desde quando são justos comigo? Eu não queria essa merda toda! Eu não queria a porcaria do sobrenome, isso é uma maldição. - Desabafo sentindo a lágrima quente escorrer pela minha bochecha. - Somos bilionários, mas não somos felizes. Mesmo tendo a melhor segurança possível, minha irmã...mãe, eu só quero acabar com isso.
- Eu sei.
Enquanto diminuo a velocidade próximo a mansão que meus avós paternos moravam, identifico um carro do qual eu conheço muito bem. Amélia está encostada com o telefone na orelha, enquanto observa eu desligar o carro.
- E eu vou fazer isso com você. Nós começamos isso juntos, filho. Eu e você.
Desço e sou recebido com um abraço.
Não interessa a idade, o abraço da minha mãe sempre será o lugar mais seguro e acolhedor que eu conheço. Ela segura o meu rosto e me encara com atenção.- Não quero que você entre. - Peço.
- Por quê?
Seu rosto vai endurecendo conforme sua cabeça começa a trabalhar em um motivo. A sua mão esquerda desliza pelo meu rosto, ombro...
- Para! - Ordeno e seguro seu pulso.
Suas lágrimas volta, contudo, são de completa confusão e decepção. Mesmo que ela force para encostar na minha cintura, eu não permito, e é a primeira vez que uso minha força contra Amélia. O cano gélido está preso na minha calça.
- Não. - Move os lábios em súplica.
Os portões se abrem e viramos ao mesmo tempo, instintivamente me coloco na frente da Amélia quando Henry passa entre o portão com dois seguranças.
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O Império Vasconcelos
FanfictionPedro Vasconcelos é dono do maior império nacional, e há quem diga que internacionalmente sua empresa é muito conceituada e usada de exemplo nas palestras para empreendedores. Ele prioriza a família acima de tudo e protege com unhas e dentes, isso t...