GoodBye

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Ao sussurrar tais palavras, eu não sabia que aquilo soaria como um adeus.

Levamos Jimin para casa. Os meninos trocaram as roupas do Jimin, mas ele perguntou por mim. Ele pediu que eu estivesse ali.

Namjoon veio me buscar na cozinha, eu bebia água enquanto eles terminavam de colocar Jimin na cama.

— Jiah. — Ele disse, sem olhar em meus olhos. — Jimin vai fazer um escândalo se você não o ver agora.
— Mas já está tarde.
— O coloque para dormir e volte para o dormitório, o mais rápido possível.

Assenti, passei por ele.

— Jiah. — Ele me chamou. — Amanhã não precisa mais vir, tudo bem?
— Mhm? Por quê?
— As peças já chegaram da África. Consertamos a Aji-3.

Assenti.

Eu corri o mais rápido para seu quarto. Ele já dormia. Fechei a porta do quarto e me deitei ao seu lado.

— Jimin-a? — O chamei. — Jimin, estou aqui.

Ele acordou e sorriu, sonolento.

— Aji. — Suas sobrancelhas se juntaram. — Eu espero que eu não esqueça de nada amanhã, mas se eu esquecer, você me lembra.
— Te lembrar, do quê? — Eu estava confusa.

Senti sua mão em minha cintura. Seus olhos percorrendo meu corpo conforme sua mão passeava aqui e ali.

— O que está fazendo? — Sussurrei.
— Eu não sei. — Ele me encarou. — Eu só sei que quero.

E eu o queria. Porque depois dessa noite eu nunca mais o veria. Nossos rostos se aproximaram muito. Senti sua respiração, seus lábios tocarem os meus levemente. Ele me puxou para perto de seu corpo, colando nossos corpos.

Sua mão subiu de minha cintura pelo meu seio, depois desceu pelo meu braço, até minha mão. Ele afastou meu vestido de meu ombro, o deixando a mostra. Ele depositou um beijo ali. Me encarou, pedia por permissão. Apenas fechei meus olhos e me permiti.

Ele selou meus lábios, mas eu não podia deixar que aquilo se aprofundasse, por isso quebrei o beijo. Eu ainda sentia suas mãos em mim.

Beijei seu pescoço, desci até sua clavícula, já estava em seu abdômen e beijei o fim de sua barriga. Percebi o volume em suas calças, mas não ousei encostar ali.

Eu fui embora. Fui embora com minha pele pegando fogo. Fui embora com seus dedos em minha mente e seu beijo em minha alma. Meus olhos molhados pesavam mais que tudo, mas menos que meu coração.

Ao entrar no alojamento, vejo Namjoon no telefone. Falava sério com alguém.

— Entendido. Obrigado! — Namjoon disse, baixo. Desligou o celular.
— Quem era?
— Jiah. — Ele me chamou. — Vamos embora.
— Como? — Franzi as sobrancelhas.
Nós... vamos todos embora. — Ele passou as mãos pelos cabelos.
— Por quê? A aji-3 está pronta. Ela estava funcionando. E...
— Jiah! — Ele me encarou. — Jiah... você acha que a gente não tem coração, também? Ele é doente... E a gente está enganando o garoto. O médico dele já autorizou nossa saída.
— Espera... O médico? — Eu estava confusa. — O que o médico dele tem a ver com isso? Ele nem sabia sobre mim até o Jimin me mostrar.
— Jiah... Foi o médico dele quem nos chamou. Ele queria estudar a doença do Jimin mais profundamente. Ele encontrou outro caso de alergia a humanos. — Namjoon andou até a frente do monitor.

Olhei ao redor, todos dormiam, bêbados.

— Olha. — Ele me mostrou um garoto preto, de Londres. — Ele tinha uma cuidadora, se apaixonou pela cuidadora, ele confiou nela.

CYBERLOVE // PJM Onde histórias criam vida. Descubra agora