IT WAS ME

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Nos fins de semana, todos sabemos, não preciso ir até a casa de Park JiMin. Por isso, estava logo cedo no café mais vazio de Seoul.

— SoHye... — Me espreguicei na mesa de seu café. Ela me esticou uma xícara de chocolate quente. — Não sei se vou conseguir terminar essa missão...
— Precisa. Precisa, pois o concurso está em risco e...
— Ele já disse que o concurso foi ele quem cancelou. Não foi o JungKook. Foi ele... e disse mais! Disse que era perda de tempo e dinheiro, ninguém nessa geração tinha ideias cabíveis.
— Ele nunca viu suas ideias. — Ela disse.

Nada me dava perspectiva mais. Eu só queria arrumar um emprego de verdade. Se bem que aguentar essa missão até o fim me renderia uma boa quantia. Mas... os outros empregos coloca em jogo os sentimentos de alguém? Enganar? Magoar? Que tipo de emprego era esse.

— Ah.... — Levantei-me da cadeira, cansada. — Vou devolver o colar dele.
— Sua única forma de ameaça?
— Não quero ameaça-lo. Não quero ter relação alguma com ele...

Caminhei pelo café. Parei de frente ao vidro da cafeteria e analisei a rua. Analisei tanto que nem percebi quando tinha Jung HoSeok e Pi me encarando do outro lado do vidro.

Tomei um susto. Eles arrodearem e entraram pela porta da frente. HoSeok com seu excesso de energia e Pi com sua falta.

— JiAh, o Namjoon mandou voltar. Jimin vai precisar da Aji. — Hoseok disse, quase pulando.
— No fim de semana? Fim de semana é minha folga... — Cruzei os braços.
— É... mas o homem vai pagar mais. Vamos logo. — Pi disse, cansada.
— E eu vou ganhar quanto? — Queria me certificar dessa história.
— 40%. — Respondeu Pi.
— 40%? No mínimo 80. Eu faço todo o trabalho ali e...
— Tá, tá. 60%. — Ela estava impaciente.
— 70%. — Insisti.
— 70%, Jo Jiah! — Pi disse, firme.

Assenti e ela se foi rapidamente. Estavam apressados.

— Devo ir, então. — Falei para a SoHye.
— E nosso cinema? — Ela transparecia tristeza.
— Eu te levo outro dia. — Hoseok falou com a Sohye, me fazendo notar que ele estava ali.

Hoseok não só estava ali como estava babando pela Sohye. Guardei uma risada.

— Tchau, Sohye. — Falei, eu e ela rindo.

Levei o Hoseok dali. Entramos na van e seguimos caminho para a mansão Park.

— Hoseok, gostou da Sohye? — Soltei no caminho.
— Ela é linda... — Ele tinha a mesma expressão ainda.
— E difícil. — Vi seus ombros baixarem.
— Ela tem namorado? — Ele me encarou, virando-se no banco da frente para me olhar no de trás.
— Ela é difícil, já te falei. — Ri.

Tirei um riso pelo nariz da Pi e isso me fez ver como estávamos mais próximas. Eu sabia que ela não se esforçava para gostar de mim por conta do Namjoon e nossa história.

Hoseok desceu do carro primeiro, ficamos apenas nós duas. Enquanto eu tirava o cinto, ela dizia.

— Jiah, por que quer fazer tudo isso? É pelo Dr. Kim?
— Não. — Ri pelo nariz. — Não... Estou fazendo isso por mim.

Ela me encarou.

— Angelina... Gosta dele, sim? — Perguntei, mas ela fez cara de negação. Não respondeu. — Não importa o quanto gostamos de uma pessoa. Nessa vida, temos que trabalhar, sonhar, viver para nós. Faça por você.

Ela saiu do carro, parecia chateada. Eu saí em seguida, lentamente. Coloquei as mãos nos bolsos do moletom e sentia o colar ali.

— Pi. — A chamei. Ela se virou e me encarou. — Pode entregar isso para o Park? Em sigilo.
— O que é isso?
— Pertence a ele. Só... entregue escondido e não fale para ninguém, sim?

CYBERLOVE // PJM Onde histórias criam vida. Descubra agora