EVIL

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Park Jimin POVs

Você é exatamente igual a ela. Ah... por que eu fui dizer isso? — Eu lamentava assim que desci do trem.

Ela nem olhou em minha cara quando foi embora. Deve me achar um louco. Ou então, pensar que ela era igual minha ex. Que vergonha... mas é quase isso, sim?! Não... não era.

Peguei o primeiro ônibus que passou. Eu só queria chegar mais ao centro da cidade e comer alguma comida local. A melhor comida da cidade.

— Com licença! — Falei com o primeiro senhorzinho que vi numa barraca assim que desci do ônibus. — Qual a melhor comida típica daqui?
— Você está longe. A melhor comida de Busan é o peixe frito da praia do sul. Deve pegar aquele ônibus amarelo e seguir para lá.
— Mas, no sul? Em que parte?
— Quando sentir o cheiro do peixe frito da ahjumma, vai saber que chegou!

— Mas, no sul? Em que parte? — Quando sentir o cheiro do peixe frito da ahjumma, vai saber que chegou!

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Ele se foi. Me deixando com um ponto de referência: o cheiro do peixe frito. Que ótimo!

Segui sua orientação, entrei em outro ônibus e fui até o sul. Já estava tão quente, tirei meu moletom e continuei minha jornada em busca do cheiro de peixe frito.

Quando pensei que eu voltaria ao centro, começo a ver o mar, e um cheiro de peixe invade o ônibus. Era um cheiro tão forte que chegava a incomodar, mas eu estava feliz de chegar ao meu destino. Desci do ônibus rapidamente.

Não tinha nada.

Tinha pescadores. Tinha um monte de redes no mar. Tinha várias pessoas indo para cima e para baixo agasalhadas e com várias cestas cheias de vegetais frescos. Ahjumas com vegetais de acompanhamento. Corri até a mais próxima.

— Com licença, ahjumma! Onde posso encontrar um restaurante de peixe frito aqui?

Ninguém me respondia. Após a 5° pessoa, desisti e continuei meu caminho ao mais sul.

Enquanto minha barriga roncava de fome, comecei a pensar naquela garota. Ah... ela era igual a Aji-3. Parecia um sonho! Só não tão igual pois ela tinha o corpo minimamente mais magro que a Aji-3, pude perceber quando ela levantou-se de sua cadeira. Ah, e também seus cabelos, eram muito mais curtos que o da Aji, e não tinha franja. Percebi que seus olhos eram de um castanho muito escuro, o da Aji tinha tons azulados conforme sua lente mudava de configuração. Além disso, era tudo igual. Inclusive, seu perfume de peixe frito.

— Mhm?! — Fui surpreendido pelo meu próprio pensamento.

Reparei que já estava numa área menos movimentada com alguns restaurantes simples, e um cheiro magnífico de peixe frito e tempura saíam de um estabelecimento específico.

Finalmente, havia chegado em algum lugar! Ao me aproximar do estabelecimento, uma placa: O Melhor Peixe Frito da Região. Me alegrei, consegui chegar sozinho tão longe num lugar que eu nunca tinha ido antes.

Entrei no restaurante aos tropeções. Me recompus e anunciei minha chegada à Ahjumma que estava retirando pratos de uma mesa ali perto. O sol já iria se pôr, logo logo.

— Ahjumma! Estou entrando. — Anunciei.
— Olá! — Ela se virou, com dificuldade pelos pratos. — Claro, meu querido. Sente-se onde achar melhor. O que vai querer?
— Eu vou com o prato da casa, sim? O peixe frito! — Eu estava tão alegre naquela tarde. Poderia ficar melhor?

Ela assentiu e se foi. Passei algum tempo ali, olhando cada espaço do estabelecimento. Me perdi quando cheguei em minhas unhas. Alguém veio servir meu prato, percebi quando havia colocado o prato delicadamente na mesa.

— Aqui está, senhor... — Ouvi sua voz.

Olhei rapidamente para verificar quem era a dona dessa voz.

Olhei rapidamente para verificar quem era a dona dessa voz

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Mas eu já sabia.

— Jimin?! — Ela juntou as sobrancelhas.
— Oh, sabe meu nome?
— Você me disse... me disse lá no vagão. — Ela riu sem graça. Deve ter visto na tv, soube quem eu era e teve vergonha.
— E o seu? Não perguntei o seu ainda...
— Meu nome é... Jo Jiah! — Ela me deu uma reverência rápido e depois se foi.
— Oh, já vai?!
— Devo atender outros clientes e... até mais.

Ela se foi. Quanta coincidência num dia só. Ela se foi e nem voltou para receber o pagamento, tive que deixar o dinheiro sobre a mesa.

Acabei escolhendo ir embora. Por que eu ficaria? Parecia que ela não queria me ver. Mas... eu queria tanto vê-la novamente. Será que se eu voltasse ela me odiaria?! Acharia estranho, sim?

Mas eu não voltei. Naquela noite, procurei por uma pousada qualquer e me hospedei ali. À noite, quem disse que consegui dormir? Não, sempre que eu piscava aquela garota vinha em minha mente. Eu queria dizer: você não me conhece, mas eu já te amava antes. Deixe eu me apresentar, sou Park Jimin e você me fez querer viver.

— Que idiota... — Bufei e zombei de mim mesmo.

Peguei meu celular e disquei o número de meu médico.

Hyung? — Falei.
— Jimin, como vai? — Sua voz soava sonolenta.
— Já estava indo dormir, certo?
— Na verdade, não. Estava trabalhando, acordei bem cedo. Está em casa, Jimin?
— Não. Eu... fiz uma viagem. — Falei, hesitante.
— Você está com suas seringas? — Apenas perguntou.
— Sim, estou! — Afirmei.

Não, não estava. Eu nunca mais havia usado as seringas.

— Hyung. Quando eu voltar, acho que podemos me dar alta, sim? — Arrisquei essa fala.
— Claro, Jimin. Sua alergia se estabilizou nos últimos dias, certo? Só preciso que fique assim por mais um mês e posso te dar alta!
— Perfeito, hyung! — Nos despedimos e eu desliguei.

Eu me perguntava o quão longe um ser humano poderia ir ao ponto de amar alguém. E se esse amor era real. O ahjussi, meu médico, mentiria sobre a alergia? Essas injeções... elas estariam me fazendo mal? Era esse meu mal? As pessoas ao meu redor, que dizem que me amam, era esse meu mal?

N/A: essa questão não foi trabalhada no dorama, mas muita gente teve essa teoria: de que o médico poderia estar por trás de alguma coisa. O Jimin também pensou isso, vamo ver como isso se desenvolve.

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