Ninguém realmente dormiu naquela noite. Ficamos bebendo na barraca maior até o Sol nascer. Os meninos se divertiam e eu só queria aproveitar aquele dia o máximo que eu conseguisse. Não sabia o que aconteceria de agora em diante. Eu tinha medo. Tudo parecia um sonho e eu tinha medo.
Eu e Jimin dormimos na barraca grande. Todos os outros haviam saído para conversar ou beber e sumiram. Dormi abraçada ao corpo de Park Jimin, seu respirar me acalmava e seu perfume dava sentido ao meu mundo. As lágrimas que caíam do canto de meu olho molhavam seu peito e eu me perguntava se ele percebia.
O sol raiou e nos preparávamos para ir embora. Eu e Jimin continuávamos juntos, comíamos frutas e riamos com Hoseok. Mas a manhã passou rápida, e Jimin teria que voltar para o alistamento no fim da tarde.
— Você acha que consegue dessa vez? — Perguntei.
— Ainda tenho 26 anos. Tem grande chance de eu ser convocado. — Respondeu, pensativo.
— É isso que quer? — Perguntei, ele paralisou. Olhou para longe, depois me encarou.
— Eu quero viver normalmente. Eu quero... ter todas as experiências de uma pessoa normal. — Senti sua mão segurar meu rosto, delicadamente. — Por eu ser mais velho, talvez eles diminuam meu tempo.Deu de ombros, o abracei em silêncio. Chegamos muito em cima da hora e Jimin precisou ir correndo para o exame admissional. Resolvi ficar em sua casa e esperar ali. O pessoal perguntou se eu gostaria que eles ficassem comigo, mas preferir estar sozinha.
Dormi no sofá da sala. Estava exausta e sem energia. Tudo o que eu queria era dormir naquele momento e afastar qualquer pensamento negativo de minha mente. Já estava num sono pesado quando sinto uma presença perto de mim. Não precisei abrir os olhos para reconhece-lo. Seu perfume, seu toque em meu braço. Jimin já havia retornado.
— Eu gosto quando você me olha quando pensa que não estou vendo. — O fiz rir, abri os olhos.
— Nunca fiz isso.
— Fez isso várias vezes. — Ele deu de ombros e rimos.Perdemos o riso rapidamente. Ele não conseguia olhar em meus olhos. Quando eu ia abrir a boca para perguntar sobre o alistamento, ele se manifesta primeiro.
— Vou tomar um banho. — Disse.
Levantou-se e subiu as escadas. Demorou algum tempo até que eu subisse as escadas também. A porta do quarto estava aberta, era possível ouvir o barulho do chuveiro pela brecha que havia na porta do banheiro entreaberta.
Espiei rapidamente e vi um Jimin parado sob o chuveiro. A água caindo em suas costas nuas. Despi-me. Empurrei a porta vagarosamente.
— Jimin. — Ele virou seu rosto sobre o ombro para me encarar.
Visualizou meu corpo. Não sabia como reagir, caminhei até ele. Ele virou-se para mim. Encarava meu corpo como quem via o mar primeira vez. Seus olhos atingiram os meus. Em um piscar de olhos, ele segurava meu rosto com ambas as mãos e seus lábios estavam presos contra o meu. Rapidamente, senti sua língua pedir passagem e cedi. A água que caía do chuveiro contra nossa pele parecia cada vez mais pesada. Nossos corpos completamente colados. Jimin me coloca contra a parede, suas mãos sobem de minha cintura até meus braços, os levantando. Eu os coloco esticados sobre a cabeça e sinto Jimin descer seus lábios por meu pescoço. Sem demora, seus beijos já estalam em minha clavícula, logo em seguida em meus seios. Ele me segurou pela cintura, me ergueu e prendi minhas pernas em seu tronco, rapidamente. Em meio a risadas e beijos, ele me levou até a cama.
— Jiah. — Ele me chamou.
— Sim? — Seus lábios se aproximaram de meu ouvido.
— Eu te amo. — Sussurrou.Levei uma de suas mãos ao seu pescoço, enterrando meus dedos em seus cabelos. Levei meus lábios ao seu ouvido.
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CYBERLOVE // PJM
Hayran KurguO quão longe um ser humano é capaz de manter uma relação com um robô de inteligência artificial? Esta é a história de Park JiMin, um garoto rico e CEO de uma empresa famosa no país, que criou um escudo para seu coração partido. "Inevitavelmente, t...