O quão longe um ser humano é capaz de manter uma relação com um robô de inteligência artificial?
Esta é a história de Park JiMin, um garoto rico e CEO de uma empresa famosa no país, que criou um escudo para seu coração partido.
"Inevitavelmente, t...
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Não deixe que te peguem. Foi o que JiMin havia dito no dia anterior. Mas, quem eram eles?
Fiquei com esse pensamento durante muito tempo, toda a noite, na verdade. Se preguei os olhos para dormir foram por 5 minutos, depois... Precisei passar um mínimo de maquiagem para cobrir minhas olheiras, eram bem perceptíveis. O que havia acontecido no dia anterior, o que fora aquilo? Sua mão e... Todo o machucado havia sumido, como num passe de mágica.
Era muito cedo na terça-feira quando me dirigi a casa dele, mais cedo que deveria. Eu só queria saber se ele não estava passando mal de novo. Era só isso.
Bati na porta, nada. Ele estava dormindo. Ou talvez, desmaiou por aí. Morreu? Apenas entrei rapidamente. Não estava na sala nem na cozinha, subi as escadas para seu quarto.
A porta entreaberta não mostrava metade do cômodo, que era maior que minha casa. Empurrei-a e estava pronta para vê-lo em seu pior estado. No entanto, Park JiMin dormia. Enrolado em lençóis brancos, seu peito nú reluzia a luz do Sol que entrava pelas janelas de vidro, tranquilamente em sono. Me aproximei de seu corpo sem nem perceber.
Nenhum arranhão cobria o corpo do JiMin. Nem parecia que faltavam 3 segundos para um colapso ontem. Como ele havia sido curado em tão pouco tempo sem uma injeção? Porém, ver Park JiMin fraco sobre aquela ponte me despertou um único instinto: correr até ele o mais rápido que eu pude.
Merda, não corra!
Era óbvio que Kim NamJoon me mataria logo em seguida, mas Park JiMin morria. Eu sabia disso. Logo após o ter em meus braços, não sei porquê, eu me senti tão mais segura, como se tivesse certeza que estaria o salvando assim. Segurar seu corpo o salvou, mas deve ter salvado algo em mim também.
Seu olhar, seu coração, sua pele. Eu não sabia que meu desejo maior era tocar aquela criatura intrigante e incrível. Tive o mesmo pensamento enquanto o olhava dormir e, sim, fora esta a confirmação de sua singela feição. Park JiMin era lindo e angelical, e se tornava um ser humano cada vez mais belo.
Seus olhos se abriram e me viram o encarar. Nada falou de início, parecia se acordar aos poucos. Sentou-se na cama.
— O... O que faz aqui? — Ele estava sonolento. Visualizou o relógio ao lado de sua cama. — É muito cedo. Dr. Kim nem me avisou que viria. — Meu sistema emitiu um alerta enquanto dormia. — Menti. — Achei que seria bom eu checar sua saúde.
Ele sorriu sem dentes e bagunçou meus cabelos. Levantou-se e se mostrou apenas de boxers brancas. Evitei o olhar.
— Todas as imagens desse tipo devem ser deletadas de seu sistema e lixeira, certo? — Ele disse, indo até o banheiro. — Entendido, Mestre! — Pigarreei.
JiMin não levou muito para tomar banho e eu preferi nem observar mais. Aji-3 poderia excluir aquela imagem de seu sistema. Já eu, não podia. E eu esperava fielmente que assim fosse.
