Capítulo 23

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Uma amiga para brincar

Solar

Indisposição...

Essa palavra está no meu vocabulário hoje, pois é.

Meu medo é que a mesma tenha sido causada pela abstinência de sexo, le em uma matéria que ficar muito tempo em atividade o corpo acaba se acostumando e se torna um vício.

Meu medo mesmo é ter feito Moonbyul virar uma droga pra mim, na qual não posso evitar de usar e querer cada vez mais.

E claramente isso estava me afetando de alguma forma.

[...]

Depois da ligação sem sucesso joguei o celular na cama e me espalhei sobre a mesma. Eu estava com tanto tesão, não consigo nem ao menos explicar, nunca havia me encontrado nessa situação tão massacrante.

A camisa larga que cobria meu tronco estava sendo agora puxada para baixo em um ato impulsivo da minha mão, e ali ela ficou sobre meu ventre, tentando evitar as minhas vontades.
Meu nível de desespero era tão angustiante que nem mesmo meus lábios sairam impunes, foram dilacerados pelos meus dentes enquanto eu fechava os olhos tentando me recobrar.

Pela primeira vez eu queria me tocar, a necessidade era tamanha, e oque me instigava era imaginar oque eu faria quando Moonbyul resolvesse parar de birra.

Eu estava quase cedendo aos instintos até que a campainha toca...

- Uffa...

Eu diria salva pelo gongo, ou pelo meu desprazer, atrasada pelo gongo..
Mais cedo ou mais tarde eu iria ter que me resolver comigo mesma.

Me levantei tratando de me recompor e fui abrir a porta.

- Oi Oi Oii! - Irene se encontrava toda animada do outro lado da porta.

- Que sorriso é esse? - Perguntei gargalhando também.

- Esse aqui é mais pra não chorar mesmo - Em um instante sua expressão decaiu. - Posso entrar??

- Claro!

Abri a porta totalmente e vi que ela trazia consigo uma garrafa do nosso vinho favorito. Logo ditei...

- Ah não Irene, não tenho estrutura pra beber hoje.

Ela colocou o casaco sobre o sofá e a garrafa na mesa.

- Ah por que não?? Amanhã é domingo!

Nunca é uma boa ideia beber estando quase a subir pelas paredes...

- Não quero. - Ditei concluindo.

Foi aí que percebi o semblante que ela se encontrava, é muito difícil de reconhecer quando a Irene bebe, mais como temos anos de convivência é quase como um dom que eu tenho.

- Powa vocêestá bêbada? - Falei sorrindo e me aproximando pra checar.

- Não estou bêbada, estou... (alguns segundos) Alcoolizada!

- Da no mesmo!

Começamos a rir estericamente ambas caindo pelo sofá.

Minutos depois da crise de risadas ela se levanta um pouco tonta e vai até a mesa estourando a garrafa.

- Você vai beber comigo sim! Código de amiga..

Me levantei também e estranhei sua fala.

Não julgue pela capa... {Finalizada}Onde histórias criam vida. Descubra agora