Capítulo 17

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Desejo que não esqueça

Moonbyul

Passou algum tempo desde que fui a casa de Solar aquela noite, por conta do ocorrido inventei estar doente pra não ir na escola, certamente se eu trombasse com ela além de constrangedor seria muito tentador, eu não conseguiria resistir, além do mais eu não consigo parar de pensar nela, foi maravilhoso demais, não consigo esquecer e nem quero.

Tem sido uma tarefa difícil inventar que estou doente logo pros meus pais que são médicos, porém, graças aos ossos do ofício eles andam muito ocupados, e pior, parece que eles não estão se falando muito bem depois da briga.

Mais um dia se iniciava e com isso a minha farsa devia ganhar mais vida.

Me levantei indo diretamente ao banheiro, tomei um banho quente, bem quente! Voltando do banheiro me revesti com casaco e um moletom.

- Calor do inferno! - Indaguei a mim mesma enquanto vestia.

Eu tinha que parecer estar com uma temperatura elevada, e também parecer estar com frio, mas espero que quando eu desça pro café meus pais já tenham vazado.

Já no andar de baixo me direcionei a mesa crente e abafando que eles já estariam a caminho do hospital, foi aí que quase levei um susto. Os dois estavam vestidos casualmente na mesa, sem jaleco...

- Fudeo - Pensei em voz alta.

Me aproximei da mesa e me sentei fazendo minha melhor cara de carente.

- Bom dia meu amor, você está melhor? - Perguntou minha mãe encostando a mão sobre minha testa.

- Acho que não. - Manhei.

- Eu e sua mãe decidimos tirar uma folga hoje pra cuidar de você. - Disse meu pai sorrindo.

- Ela está quente Kang.

Mamãe encostou suas mãos no meu pescoço e logo retirou.

- Moonbyul você está tomando as vitaminas que deixei na sua cabeceira antes de ontem? - Questionou papai.

Se é aquelas que eu joguei no vazo mais cedo...

- Claro.

Fingi ter dificuldade em comer e me assustei quando vi mamãe se levantar com rapidez. Ela subiu as escadas e voltou com a maleta de primeiros socorros.. puta merda!

- Vem cá filha, deixa eu medir seus batimentos.

Comecei a soar, tanto pela roupa quente quanto pelo medo.

Ela checou os batimentos, mediu a pressão, colocou o termômetro, analisou minha garganta e minha língua.

- Que estranho, está tudo bem, menos sua temperatura.

Nesse meio tempo eu não havia visto o papai subir, e quando ele voltou parecia furioso.

- Acho que sei bem oque foi. - Ditou ele olhando pra mim e cruzando os braços.

Não julgue pela capa... {Finalizada}Onde histórias criam vida. Descubra agora