𝐁𝐀𝐂𝐊 𝐓𝐎 𝐓𝐇𝐄 𝐏𝐀𝐒𝐓 • Five Hargreeves

𝐕𝐚𝐧𝐲𝐚 𝐇𝐚𝐫𝐠𝐫𝐞𝐞𝐯𝐞𝐬

                                  •S/n on•
Depois que Klaus desce as escadas por completo, Five direciona o olhar para mim novamente.

-Então... a onde a gente parou? Ele diz se aproximando.

-Não Five. Desculpa, mais eu não vou terminar o que nem deveria ter começado!- Eu me afasto, indo para o meu quarto e fechando a porta em sua cara.

Ele se teletransporta para dentro do cômodo, como imaginava.

-Ma-mais...- Sua voz falha, enquanto ele leva minhas mãos ao seu peito.

-S/n, eu não quero perder o que aconteceu nesse quarto hoje.

-E você acha que eu quero? Me deixa em paz Five, por favor.

-Não faz isso por favor... eu te amo.- Eu vejo lágrimas correrem pelo seu rosto, enquanto ele ainda tentava se aproximar.

-EU DISSE PARA VOCÊ IR AGORA! Eu grito apontando em direção a porta.

-De-desculpe...- O garoto sai do meu quarto às pressas, me fazendo cair na cama e chorar com a cara no travesseiro.

Eu não podia, não podia cometer esse grande erro duas vezes.

Five não merece passar pelo que eu passei.

Esse relacionamento só ia dar discórdia e mágoa em ambos dos lados, e violência, claro... muita violência.

Como eu sei disso? Ah, experiência própria.

Sim, eu já me relacionei com um irmão Hargreeves, a muito tempo atrás.

Mais especificamente, Vanya Hargreeves.

----------------------Flashback--------------------

Quando éramos menores, eu era muito próxima do Five, como comentei anteriormente.

Mais eu também tinha uma melhor amiga "secreta"a Vanya, óbvio.

Vanya sempre foi isolada na infância, por conta de seus super perigosos poderes. Ela ficava trancada em um pequeno quarto no fundo da casa, a pobre garota só saia para comer e beber.

E naquela época, eu era umas das únicas pessoas que se importavam com a sua existência.

Todas as manhãs, eu descia as pressas para conversar com a morena. Ninguém sabia de nossos encontros, inclusive Five.

Ele ia querer ficar me protegendo da minha própria irmã. Poxa, Vanya não é um monstro, ela é uma pessoa incrível que tem direito de socializar como qualquer um. Ela merece ser amada. Pobre Vanya. Ela só tinha a mim, e eu só tinha ela...e Five também, mais ele não vem ao caso.

Em um dia como outro qualquer, eu desci as escadas da casa, e destranquei o quartinho de Vanya.

-Surpresaaa! Eu entro no quarto, anunciando a minha chegada.

-S/n? Que horas são? E oque é tudo isso?- Vanya levantou da cama se espreguiçando, ainda me observando com uma grande bandeja de café da manhã em minhas mãos.

-É para nossa mini festa de aniversário Esqueceu?

-Ah é.... feliz aniversário migaaaa! A morena me abraçou, saltitando até a minha direção.

-E feliz aniversário para você também né. Eu ri, retribuindo seu abraço quente e apaixonante.

-Então, eu tava pensando em um negócio...-

-Sabia que esse agradinho tinha uma consequência...- Ela riu, enquanto eu dei um tapa em seu ombro.

-Nada disso sua boba! Só me escuta... eu e o Klaus estamos planejando umas atividades proibidas de aniversário, já que o papai não vai estar presente. E essas atividades inclui sete minutos no céu...- Eu disse cutucando a morena, com um sorrisinho malicioso.

-Ah não, pode esquecer!- Vanya disse fechando a cara e cruzando os braços.

-Vai Vani, por favorzinho... esse plano é infalível! Eu juro que vai dar tudo certo...- eu murmurei com as mãos de reza e um biquinho irresistível de tristeza.

-Ta bom.... qual é o plano?

-ISSOOO!- eu grito quando ela concorda.

-Bom, eu pensei no seguinte, o jogo vai começar exatamente as 15:00 em ponto, então nesse horário você sobe para "comer alguma coisa" e aí eu te chamo para jogar por falta de participantes. Bora?

-Olha, eu só queria constar que essa ideia é totalmente maluca igual a você...

-Ah, não desiste agora. E outra, você já tem 12 anos, já passou da hora de perder o bv amiga, é a oportunidade perfeita.

-E quem vai querer me beijar? Eu sou temida por todos, sempre foi assim...

-Ei garota, quer parar de auto estima baixa? Já está me deixando com nojo. Você é perfeita tá? Só não pensa nisso. Então....você topa?

-Tudo por você...- ela admite arrebitando o nariz e revirando os olhos.

-Eu te amo, sabia? Eu digo deitando em seu colo.

-Não mais do que eu! Ela responde com um cafuné em minhas mexas embaraçadas de cabelo, enquanto eu enfiava um bolinho inteiro na boca.
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