CAPÍTULO 19 BRIAN WASH

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Fiquei puto da vida quando Tess não aceitou me acompanhar na comemoração do fim do evento. O que acontece com essa mulher? Parece que tem vergonha de sair comigo. Enfim, não me abati. Me arrumei no camarim e não fiz questão de procurá-la ao sair. Não temos nenhum compromisso então não devo satisfações para ninguém. Pegamos um táxi e fomos numa balada famosa de Nova Iorque. Estava bem cheia, principalmente de mulheres bonitas e disponíveis. Contrariando meus hábitos, pedi um gim com tônica. Ficamos dançando na pista e Nara começou a me assediar. Pedi outro gim com tônica e já estava alegre, dançante e acessível. Ela também estava bebendo além da conta, ficava me abraçando e se esfregando em mim. Nara é uma modelo internacional linda para caralho e eu me sentia lisonjeado de ter a sua atenção, mas era só isso, não senti atração nenhuma por ela. Mas parecia que ela tinha alguma intenção.

- Brian, o que acha de terminarmos essa festinha no meu hotel? – Nessa hora eu percebi que estava bem encrencado. Mesmo estando alto com o excesso de bebida, não era ela que eu queria na cama naquele momento. Olhei para aquela mulher exuberante, aquele rosto perfeito e aqueles olhos verdes brilhantes e expressivos, confirmando que ela era realmente uma mulher de parar o trânsito e não senti absolutamente nada. Nem tesão e nem desejo. Queria mesmo ver meus olhos amendoados aqui, me olhando com aquele desejo verdadeiro. Resolvi que era hora de ir embora. Aquela festa não estava sendo do jeito que pensei.

- Desculpa Nara. – Falei já me afastando ela. – Você é uma mulher maravilhosa, sou eu que não estou me sentindo muito bem. Acho que vou para casa.

- Você não está legal? Quer que eu te acompanhe? – Ela ainda tentou entrar na minha cama pela porta da frente.

- Não há necessidade. Fique e curta sua noite. – Antes de sair, passei no banheiro e joguei uma água no rosto. Olhei no espelho e vi algo diferente no meu olhar que não sabia interpretar. Estava na porta quando recebi uma mensagem e resolvi olhar. Era da mulher que eu estava sentindo falta. Ora, ora, parecia que ela também estava sentindo a minha falta. Olhei no relógio e vi que ainda dava tempo de salvar a noite. Praticamente corri para pagar a conta e chamar um táxi. Estava nevando muito e as ruas estavam perigosas, mas eu não me importava. Dei o endereço para o motorista, encostei no banco e sorri abertamente. Não enviei mensagem nenhuma. Queria que ela sofresse com o meu silêncio assim como sofri com a sua recusa. Bem da verdade, queria ver o seu rosto de surpresa quando eu batesse na sua porta.

Era um prédio simples e bem arrumado. Toquei o interfone e aguardei. Demorou um século para atender.

Ela falou com uma voz de desdém.

- Espero que seja muito importante.

- Alto grau de desejo de foder você inteira baby. Acredito não ter nada tão importante nesse momento. – A danadinha ainda demorou alguns segundos para destrancar a porta. Nem sei como subi os dois lances de escada e também não sei como fiquei tantas horas longe dela. Estava me esperando com a porta aberta e uma camisola preta que me fez babar na mesma hora.

- Não acha que está muito tarde Brian Wash, para bater na porta de uma moça de família? – Ergueu sua mão e tirou alguns flocos de neve que estavam no meu cabelo e nem tinha sentido.

Segurei o seu braço e fui descendo até alcançar a sua nuca. – Teoricamente nunca estive distante, já que pensei em você a noite toda. – Puxei o seu pescoço até nossas bocas estarem bem próximas.

- Você está cheirando a bebida. Andou enchendo a cara Brian? – Ela foi afastando de costas até conseguir fechar a porta. Passou a mão no meu peito e foi desabotoando meu casaco.

- Tentando esquecer que tomei um toco de uma certa garota arisca. - Apertei seus mamilos endurecidos pela friagem que trouxe para o apartamento e gemi.

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