CAPÍTULO 23 BRIAN WASH

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Que capa é essa queridos leitores!!! Muito linda e muito a ver com a história de amor de Tess e Brian. Essa viagem entre vários países faz com que o nosso coração fique apertado, pensando no desfecho dessa aventura. Como pode dar certo um relacionamento onde um mora em Paris e outro em Nova Iorque? Teremos que ler o próximo capítulo. 

Tess fez jogo duro até à noite de Natal. Mandei mensagens e liguei para ela várias vezes e ela sempre tinha uma desculpa para não me ver. No dia vinte e três depois do trabalho ela precisava ir ao mercado com a sua amiga. No dia vinte e quatro ela precisava fazer as comidas da ceia com os amigos. E foi assim com diversas desculpas que eu fui para uma ceia de Natal cheia de pompas e circunstâncias na casa do primeiro-ministro. Ainda bem que a Nancy estava comigo e salvou a minha noite. Horas e horas de conversas chatas e mulheres pegando no meu pé. Dei mais autógrafos e selfies que em dia de desfile da Fashion Week. Acho até que bebi um pouco demais, porque só me lembro da Nancy chamando a minha atenção.

— Brian, você está passando dos limites aceitáveis na bebida. Se controle. — Eu peguei outro drink enquanto ela falava.

— Não me enche o saco, Nancy. Você me trouxe para esta festa chata para ficar conversando com pessoas mais chatas ainda. Já fiz o social, agora quero mesmo é relaxar. Pega mais um gim tônica para mim, por favor. — Isso deve ter acontecido já era mais de uma hora da manhã. Ela nem se dignou a mandar uma mensagem e nem uma ligação à meia noite desejando um feliz Natal.

— Tess é uma ingrata, isso sim, Nancy. Nem ligou para o galã aqui. Deve estar se divertindo com seus amigos.

— Acho que você exagerou na bebida, Brian, vamos embora. Saiba que você atrapalhou um lance muito bom que aconteceu comigo aqui. — Ela começou a me empurrar para a porta de saída.

— Jura? Encontrou algum submisso aqui? Ele deixou você usar o chicote nele? Conta aí o que rolou, querida. — Comecei a rir sozinho das imagens que vieram à minha cabeça da Nancy chicoteando um homem vestido com uma cueca de couro.

— As coisas não são assim como você está colocando, mas adoraria ter usado o chicote nele, querido. — Nancy me colocou dentro da limusine que nos levou para casa. Ainda bem que ela fechou a janela do motorista. Eu lembro que falei algumas besteiras bem sujas no ouvido dela. Também lembro que pedi para ela me levar até à casa da Tess.

— Coitadinho. Está apaixonado e ainda não se deu conta. Você só tem condições agora de tomar um banho frio e cair na cama. Amanhã sua dor de cabeça te lembrará das besteiras que tive que ouvir hoje. — Nancy me colocou embaixo do chuveiro, me ajudou a vestir um pijama e me colocou na cama. Acho que apaguei.

Acordei como todo bêbado acorda. Com sede, dor de cabeça e sem lembrar o que fez ou falou.

Puta que pariu, minha cabeça dói demais. — Sentei na cama e vi na minha cabeceira duas aspirinas e um copo bem grande de água.

— Santa Nancy. Preciso me desculpar com ela. — Tomei o remédio e a água e esperei meia hora para melhorar. Olhei o relógio e já são dez horas da manhã. Hoje a Tess não me escapa. Irei montar acampamento em frente ao seu apartamento se preciso for. Nem me preocupei com disfarce. Coloquei uma roupa bonita que sei que combina comigo e de quebra me deixa irresistível. Peguei o presente que comprei para ela e para a Christie embaixo da árvore e saí.

Não precisei esperar muito tempo. Assim que toquei o interfone ela abriu a porta. Subi as escadas mais devagar dessa vez, tomando fôlego para o que está por vir. Meu coração sentia que nossos últimos dias juntos estão chegando ao fim, e já me colocou no modo reservado. No último degrau vi ela parada na escada e meu coração deu aquela acelerada básica: cento e quarenta batimentos por minuto. Isso porque só fiquei dois dias sem vê-la. Imagine quando chegasse ao outro lado do continente.

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