CAPÍTULO 20 TESS MORAES

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Levantei sem fazer barulho, peguei meu uniforme e me arrumei no banheiro. Quando estava saindo encontrei Christie no corredor, já pronta para o trabalho.

-- Ouvi gemidos essa noite, Tessália Moraes. Trouxe um homem para dentro de casa?

-- O mais bonito deles, amiga. O mais gostoso também.

-- E agora? Vai deixá-lo aí? -- Olhei para a porta do quarto fechada, pensando seriamente em trancá-lo e usá-lo quando tivesse vontade.

-- Melhor não. Isso já foi íntimo demais. Dormir de conchinha com Brian Wash é muito comprometedor, e minha cabeça não vai absorver isso tão bem. Arruma a mesa do café para nós e faz um café bem forte hoje. Aquele bem brasileiro, porque alguém vai acordar de ressaca.

-- Ele chegou bêbado aqui? -- Chris fez uma cara de poucos amigos.

-- Não. Ele chegou bem alegrinho, mas estava em sã consciência.

-- Vou fazer o café então. Não demora, senão chegaremos atrasadas. Não vai querer dar uma rapidinha comigo, esperando, né? -- Ela foi andando para até à cozinha.

-- Quer dizer que não posso aproveitar aquela ereção matinal? -- Fiz cara de safada, imitando um boquete.

-- Você não era assim, Tess, não mesmo.

-- Depois que você contou o que fez, Christie, eu que tenho que falar isso para você.

-- Acho que nós duas estamos ficando sem -vergonha. -- Fui entrando em meu quarto rindo e me deparei com Brian pelado em minha cama, acordado e com o pau duro na mão, masturbando-o.

-- Tem tempo para uma rapidinha senhorita, Tessália Moraes? -- Brian assim, na minha cama não é uma coisa que se possa recusar. Fui tirando a calça e a calcinha que estava usando e literalmente montei em seu pau. Brian me segurou pela cintura e me ajudou no sobe e desce. Joguei a cabeça para trás e ele apertou meus mamilos. É uma pena que não tenha tirado a blusa, mas não havia tempo. Cavalguei deliciosamente nele e foi mesmo uma rapidinha. Estava tão gostoso que não aguentamos muito.

Quando chegamos à cozinha, Christie estava com uma cara de quem sabia que tínhamos cedido ao tesão.

-- Pensei que iria para o trabalho sozinha. Bom dia, Brian. -- Esticou a caneca com o café para ele. -- Fiquei sabendo que você precisa de um café forte.

-- Bom dia, Christie. Tess exagerou, eu tomei só um pouquinho ontem Estou só com uma ligeira dor de cabeça. Agradeço o café. -- Ele tomou um gole e gemeu.

-- Humm... cafezinho brasileiro é o melhor. Sinto saudades de casa muitas vezes. Do arroz com feijão da minha mãe. -- Ele sentou na cadeira da mesa pequena e eu sentei ao seu lado. Chris sempre curiosa perguntou mais que eu.

-- E seus pais? Ainda moram na Europa com você?

-- Não. Quando eu fiz dezoito anos resolvi que era hora de me virar sozinho. Eles voltaram para Curitiba e moram próximo dos meus avós. Tess, sua família ainda mora lá?

-- Minha família ainda mora lá e da Chris também. Estamos longe, mas ajudamos como dá. Desde que estamos aqui, ainda não deu tempo de voltar para lá. Sabe como é, muito trabalho, pouco dinheiro e as férias aqui não são como no Brasil. Fica muito caro para ficar pouco tempo.

-- Entendo. Eu, tenho que ir todo ano obrigatoriamente. Foi um acordo que fiz com eles para me deixarem viver sozinho. -- Olhei no relógio e se não saíssemos agora não chegaríamos a tempo na loja.

-- Temos que ir, Chris. -- Brian acabou o café, pegou uma banana, levantou da mesa e caminhou até à sala onde deixou o celular.

-- Vou chamar um Uber. Deixo vocês na loja e vou para casa. -- Olhei para ele enquanto mexia no celular e babei. Eita homem lindo da porra! Ele olhou para mim e me pegou no flagra.

Sorriu.

Meu coração parou.

-- Vou escovar os dentes. - E saí correndo da sala antes que pulasse no colo dele de novo. Olhei no espelho do banheiro e vi que não é invisível o meu sentimento por ele. Dava para ver que eu o amava como no passado. -- Preciso disfarçar, preciso esconder isso. -- Passei mais um pouco de maquiagem e saímos para o frio congelante da cidade. O Uber nos deixou na loja mais cedo e Brian me beijou longamente antes de seguir viagem.

— Tenho planos para nós essa noite. Não demore, te espero em casa. — Quando o carro sumiu das nossas vistas, ouvi a Chris falar no meu ouvido.

— Parece que não é só você que está apaixonada, Tess. — Começamos a andar até à entrada dos funcionários.

— Isso é coisa da sua cabeça, Christie. Ele é intenso. Quando chegar o dia ele vai embora e eu não quero ter esperança. Acabou o ano, acabou o lance.

— Melhor assim, né. O tombo fica menor.

É, o tombo fica menor, porém, não menos dolorido. Passei o dia inteiro naquela loucura de final de ano. Todos querem comprar roupas novas para as festas de fim de ano. No meio do dia minha chefe me chamou e falou que em janeiro abrirá uma vaga definitiva no setor de produção de moda e ela será minha. Eu não sabia se ria ou chorava com a promoção. Enfim tinha progredido e vou trabalhar na minha área. Desci e contei para a Christie que ficou muito contente com a minha evolução. Prometi que assim que surgisse uma vaga, irei indicá-la. Mesmo com o tempo ruim, estou muito feliz e ansiosa para contar para o Brian. Também estou mega curiosa com os planos dele para hoje à noite.

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