CAPÍTULO 30 TESS MORAES

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Definitivamente eu não estava preparada para vê-lo na minha frente tão cedo. Quando Christie sinalizou que ele estava no recinto, minha boca secou, minhas pernas bambearam e só não desmaiei porque consegui controlar a tempo meu desequilíbrio hormonal.

Ele é um pedaço de mau caminho e definitivamente ficar seis meses longe dele não mudou nada dentro de mim. Senti ao caminhar em sua direção, que ele me desejava. Talvez até com mais intensidade do que em Nova Iorque. Eu sabia que se ele quisesse me levar para a cama eu cederia facilmente. Meu corpo clamou por ele quando me beijou ao sair. Chris entrou no quarto me afastando dos pensamentos obscenos.

— Você tem certeza que quer que eu vá com vocês? Adoraria ver o museu, mas posso muito bem alegar uma dor de cabeça.

— Claro que você vai me acompanhar. Vou tentar me segurar por um tempo. Não quero ceder logo de cara. — Christie começou a passar uma maquiagem leve em mim.

— A culpa é sua, Christie, você ficou falando em sexo por todos esses seis meses. Eu estou subindo pelas paredes. Vi no olhar dele que me deseja. Não vou ficar fazendo jogo duro. Quero apenas ser um pouco difícil. — Ela acabou a maquiagem e sentou na minha cama.

— Tess, seja você. Se estiver segura em ficar com ele, fique. A vida é muito curta para ficarmos pensando o que é certo e o que é errado. Você sabe que ele criou esse evento só para te trazer para perto dele, não sabe? — Tirei o roupão que usava e coloquei o vestido. — Vestida assim, você quer mesmo ser devorada hoje.

— Então acha que é melhor vestir uma calça? — Fiquei totalmente insegura.

— Só acho que esse vestido não ficará no seu corpo a noite inteira. Principalmente se você começar a exalar sensualidade pelos poros.

— Escolhi esse vestido e pretendo ir assim. Ele que aguente firme. — Talvez quem não aguentará firme será eu. Quando a campainha tocou eu sabia que ele tinha chegado. Adrícia correu abrir a porta achando que eram as meninas do outro apartamento. Eu não falei nada sobre a ida ao museu. Não queria plateia e nem especulações.

— Olá, Adrícia. Tudo bem? — Ela escancarou a porta e sorriu descaradamente para ele. Meu sangue ferveu.

— Que surpresa boa, Brian. Entra, entra. Eu pensei que eram as meninas do outro apartamento. — Ele agradeceu e entrou com um sorriso sem graça no rosto.

— Na verdade, eu vim buscar a Tess e a Christie. Vamos dar um passeio. — Ele não falou aonde iremos para ela. Resolvi sair do corredor, antes que ela se oferecesse para sair conosco. Entrei na sala e vi seu olhar escurecer. Sabia o que ele pensava, porque eu pensava o mesmo olhando para ele. Será que não podemos pular a parte do museu?

— Olá, Brian. Já estamos prontas. — Caminhei pela sala para pegar a bolsa que estava em cima da mesa de jantar.

— Tess, você não falou que iria sair para nós.

— Desculpe, Adrícia. Só me lembrei agora há pouco que Brian tinha nos convidado. — Brian nem piscava enquanto eu andava até ele.

— Vamos conhecer um pedaço do Louvre porque acredito que não dá para conhecer tudo em poucas horas. — Christie entrou na sala.

— Olá, pessoal. Estou pronta, vamos? — Brian conseguiu recuperar a voz.

— Bem lembrado, Tess. Vamos conhecer só um pedacinho do museu. Depois combinamos de ver mais coisas e quem sabe todas poderão ir, né Adrícia? — Brian quis ser simpático com ela.

— Sim claro. Quero muito conhecer o museu.

— Então vamos. O Roger está esperando no carro lá embaixo. — Christie ouviu a palavra homem, já ficou de anteninha ligada. Enquanto descia a escada cochichou no meu ouvido.

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