CAPÍTULO 37 BRIAN WASH

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Depois dos trâmites alfandegários saímos no desembarque do aeroporto e ninguém esperava o que aconteceu naquela hora. Três famílias inteiras esperando o reencontro. Os pais da Tess e seu irmão. Meus pais e meu avô, a mãe da Christie e seus dois irmãos. Todos nos recepcionando. Foi uma verdadeira prova de fogo.

As meninas começaram a chorar abraçando as mães e até eu fiquei emocionado, mesmo estando com meus pais na passagem de ano há sete meses. Foi um falatório enorme e fiquei um pouco atrapalhado com tantas pessoas juntas e misturadas. Nem precisamos passar pela formalidade de apresentação de nossas famílias porque eles mesmo enquanto esperavam fizeram isso. Houve somente um aperto de mãos com os pais dela e vice-versa. Enquanto caminhávamos para pegar o carro, vi que o irmão da Tess carregava as coisas da Nancy como um verdadeiro cavalheiro. Até aí tudo bem. Só que havia algo a mais, uma cumplicidade, talvez uma obediência da parte dele. E ela sorria abertamente para ele, como se estivesse alguma coisa rolando, como se eles fossem íntimos. Nesses anos todos nunca vi Nancy sendo íntima de alguém. Fora os seus familiares, não conheci ninguém dos seus relacionamentos. Aí tem coisa. Vou ficar de olho nesses dois. Nesse momento Tess me chamou e eu parei de analisá-los.

— Amor, como vamos fazer? Quero ficar um pouco com meus pais e você também, com certeza. — Começamos a colocar as malas nos carros de cada família.

— Eu entendo você, baby. Aguento somente uma noite longe. Amanhã é sábado e combinamos um almoço lá em casa. Pode ser assim? — Peguei ela e apertei em meus braços. Meu coração ficara apertado só de pensar em ficar longe dela.

— Acho que aguento uma noite, Brian, não mais que isso. Amanhã almoçamos juntos. Eu te amo Brian. — Ela beijou apaixonadamente minha boca.

— Também te amo Tessália. — Cada um foi para a sua casa. Nancy iria ficar em minha casa. Cogitou ficar em um hotel, mas eu logo cortei o barato dela. Agora, pensando bem, talvez ela tivesse planos.

Passamos o sábado inteiro com nossas famílias reunidas. Meu pai, expert em carnes, mostrou o porquê o povo do sul é famoso pelo bom churrasco. Parecia que nossas famílias se conheciam há tempos, tamanha a boa interação entre nós. O assunto mais falado foi o casamento. As mulheres gostam desse assunto e passaram horas planejando o meu com a Tess. Fiquei observando Nancy sem ela perceber. Ela falava com o Tales, irmão da Tess e ele prontamente obedecia, seja para pegar uma bebida ou um petisco. Percebi que ela dominava o rapaz e ele gostava. Ela pressentiu que eu estava olhando e sorriu para mim. Levantou da sua cadeira e caminhou na minha direção.

— Algum problema, querido?

— Nenhum Nancy. Estava querendo entender o seu comportamento nos últimos dias, mas estou vendo que ele tem nome e sobrenome. — Ela sentou na cadeira de frente com a minha.

— Você não tinha curiosidade de saber como age uma dominatrix? Essa é sua chance. — Ela virou o rosto e só olhou para ele, que prontamente levantou do seu lugar e veio para o lado dela.

— Precisa de alguma coisa, Nancy? — Só faltou abanar o rabinho.

— Tales querido, você consegue um pouco de gelo para mim? Meu drink está quente. —Ele sorriu para ela e abaixou a cabeça respondendo.

— Agora mesmo. — Olhou para mim. — Precisa de algo, cunhado?

— Não. tranquilo.

— Volto num minuto, senhorita Nancy. — Virou e entrou na cozinha de casa.

— Conta para mim, vocês já tinham um lance? Porque estou observando vocês e não parece que se conheceram agora.

— Eu não o conhecia, Brian. Só que uma dominatrix enxerga um submisso de longe. Ele tem experiência e gosta de ser dominado. Parece que minha estadia aqui será bem interessante. — Não consegui controlar minha curiosidade.

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