Capítulo 2 - Carolina

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POV Marcel

Fui atrás de uma ama de leite a noite mesmo. A algumas quadras da casa dos Mikaelsons tinha uma mulher que havia dado a luz a um bebê a pouco tempo, porém seu filho faleceu. Soube que ela estava precisando de um emprego e nesse momento creio que ela poderia oferecer o que eu procuro, alguém pra alimentar aquela adorável menininha. Essa tal mulher foi abandonada pelo marido, que a culpou pela perda do seu filho, porém ela é uma mulher forte e determinada e apesar da tristeza não se deixou abalar, pelo menos é o que dizem.

Chego no lugar que deveria ser a casa e bato na porta. Logo uma mulher atende.

- Pois não? - ela diz. Reparo que ela é uma mulher bonita, pele clara, olhos verdes e cabelos levemente ondulados, negros como a noite.

- Estou procurando pela senhora Carolina. -digo.

- Sou eu. O que deseja?

- Você ainda está oferecendo seus serviços como ama de leite?

- Sim.

- Ótimo. Arrume suas coisas e vamos. A senhora acaba de ser contratada pela família Mikaelson.

- E o q devo levar?

- Apenas algumas roupas e objetos pessoais. O resto providenciaremos.

- Sim, senhor.- diz e por educação, num gesto de boa vontade, pergunta: - Gostaria de entrar?

- Vou esperar a senhora aqui fora, mas obrigada. - Logo ela retornou com uma mala e fomos para a casa onde aquela menininha estava aguardando junto de dois originais um tanto quanto impacientes.

Estamos caminhando em direção a mansão dos Mikaelsons e sinto que a tal Carolina está incomodada com algo. Ela já tinha aberto a boca e quando ia dizer alguma coisa, simplesmente a fechava e olhava em outra direção. Quando ela fez isso pela quarta vez eu parei de caminhar, aquilo já estava me incomodando.

- Quer dizer ou perguntar algo, senhora Carolina? -falei, educadamente, mas sem muita paciência. Percebi que havia me irritado com algo banal, logo me recompuz e disse: - pode perguntar, senhora.

- Não quero, mas por favor, me chame apenas de Carolina - estendeu a mão para mim e percebi que ainda não tinha me apresentado.

- Marcellus Gerard, mas pode me chamar de Marcel.

- Gerard? -ela disse, parecendo confusa- Pensei que você tivesse dito Mikaelsons.

- Em outro momento lhe explico isso, agora vamos, por favor.- disse e voltamos a andar.

Chegamos em casa.

Expliquei a situação da adoção repentina da menina para a ama e ela me chamou a atenção para algo:

- Você não deu nome pra ela?

- Ela chegou a pouco tempo -disse e ela me olhou não parecendo muito convencida.

- Não é desculpa. Você a encontrou e pretende criá-la, então você é o pai. Escolha um nome para ela. -Carolina olhou carinhosamente para a garotinha em seus braços, que já estava devidamente alimentada- Ela merece um nome digno da beleza dela.

- Você tem razão.

Ela sai em direção ao quarto que um dos empregados tinham arrumado para ela e a menina. Vou em direção a Klaus e Elijah.

- Preciso que me ajudem a escolher o nome dela.

- Claro, Marcellus. -disse Klaus, todo bem disposto. Ri internamente.

Elijah deu um sorrisinho pela atitude do irmão e disse, saindo em direção a biblioteca:

- Vou deixar essa tarefa pra vocês. E, Marcellus - me chamou em voz alta.

- Sim, Elijah?

- Eu concordo com a ama, você é o pai, então Klaus vai ajudar, mas a escolha é única e exclusivamente sua.

- Me dando ordens, irmão? - Klaus debocha.

- Por favor, Nicklaus, ajude Marcellus a nomear a filha dele, sem causar nenhum grande desastre ou fazer uma cena.

- Claro. - Klaus respondeu, parecendo concordar.

Klaus já tinha sugerido alguns nomes. Uns eu odiei, de outros eu gostei, mas ainda não tínhamos achado nada a altura daquela bruxinha.

- E que tal Marie? - Klaus disse e eu gostei.

- Ainda não decidiram nada? - perguntou Elijah, voltando da biblioteca. - Vocês são uma negação - disse e riu.

- Seu irmão propôs Marie, eu gostei. - disse - o que acha?

- É bonito, mas talvez falte algo.

- Como o que?

Ele não me respondeu. Depois de um tempo ele saiu de seus pensamentos e falou finalmente:

- Acho que ela poderia ter um segundo nome, para complementar.

- Nos ilumine com a sua sabedoria, irmão. - Klaus estava com um copo de whisky na mão, tomou um gole da bebida e virou seu olhar para mim - Alguma ideia?

- Que tal Anne?

- Anne? - perguntou Klaus.

- Marie Anne ou Anne Marie? - perguntou Elijah

- Anne Marie Gerard. - disse todo orgulhoso.

- Gostei - disse Carolina, que apareceu de repente.

- É bonito. - disse Elijah

- Boa escolha, Marcellus. - Klaus disse, se levantando e vindo em minha direção. Colocou a mão em meu ombro e se retirou, juntamente com Elijah.

A filha de MarcelOnde histórias criam vida. Descubra agora