A filha de Marcel

Capítulo 3

*Salto no tempo

POV MACEL

          Já se passaram 6 anos desde que adotei Anne. Carolina cuida dela como se fosse sua filha de sangue e isso me passa muita paz, já que minha filha merece todo o amor do mundo.

           O sol está alto no céu e a discussão é mesma desde que Carolina conheceu a verdadeira história dos Mikaelson. Ela diz que Anne precisa de uma influência feminina a mais naquela casa, porque segundo ela, vamos acabar transformando minha menina em uma selvagem. É claro que é exagero da parte dela. Klaus está ensinando Anne a apreciar a natureza, mas tudo da forma mais civilizada possível, mas já que se trata do Klaus, cuidado nunca é demais. Carolina sempre os acompanha nos passeios.

          Elijah está a ensinando a tocar piano, e ela é um prodígio, sem contar a enorme admiração que ela sente por ele. Simplesmente adora o ver tocar.

          A insistência de Caroline desde que descobriu sobre os Mikaelson e a verdadeira história é para quê Klaus retire adaga de Rebekah. Segundo a arma de Anne, seria bom para ela conversar com Rebekah e ter a oportunidade de aprender com ela.

         - Mas, Klaus! - ela disse, depois de listar os motivos para Anne e Rebekah conviverem, porém klaus disse não.

         - Sem mas, Carolina! Aprendi a gostar de vc com o passar do tempo, mas não pense que pode ficar me fazendo exigências e cobrando coisas.

          - Não estou fazendo exigências, Klaus, mas vc precisa pensar na Anne.

          - CHEGA! - ele elevou o tom de voz e ela se assustou. - Não suporto mais esse assunto.

          Depois do pequeno surto de Klaus, vejo minha filha chegando pela entrada do lado leste do pátio, onde estávamos. Ela me vê e corre em minha direção. Me levanto da cadeira onde estava sentado, e a abraço.

          - Oi papai! - ela diz, nunca me canso de ouvir a voz dela me chamando de pai.

          - Oi querida, como foi a aula com Elijah?

          - Elijah é o melhor professor de piano de todos, papai.

          - Ele é sim, querida. - eu sei bem disso.

          - Carolina e Klaus estavam brigando, papai?

          - Não querida, claro que não, só conversando.

          - Sobre o q?

          - Carolina quer que Klaus traga Rebekah de volta da viagem que ela foi fazer, para que vcs possam se conhecer.

          - Eba!! - ela vai até Klaus e pergunta: - Quando vou conhecer a Rebekah, tio Klaus? - Por algum motivo, Anne chamava Klaus de tio, mas raramente tratava Elijah dessa maneira.

          Klaus pegou minha pequena no colo e lhe disse, calmamente:

          - Logo, pequena, logo. - ele diz e percebo que Elijah está tão surpreso quanto eu com a resposta.

          - Logo quando, tio? - ela insiste.

          - Hoje a noite ela estará de volta.

          - Obrigada tio. - ela dá um beijo no rosto de Klaus e eu percebo que aquela bruxinha está amolecendo o coração do híbrido mais velho do mundo.

          - Por nada. Agora acompanhe Carolina e tome um banho para poder esperar sua tia Rebekah.

          - Tudo bem.

          - Obrigada. - Carolina sussurra antes de sair com Anne.

          Klaus apenas acena com a cabeça para ela.

          - Estou impressionado com sua benevolência, irmão. - Elijah se pronuncia sobre a decisão de Klaus.

          - Não fique, vc vai me ajudar a convencê-la a não me matar, pq tem uma garotinha perdendo o sono a dias com vontade de conhecê-la. - Klaus diz e eu ri baixinho, mas não baixo o suficiente. - Você também vai me ajudar, Marcellus, então pode parar de comemorar.

          - Convencer a Rebekah a não te matar depois de vc roubar algumas décadas da vida dela? - pergunto em tom de ironia. - Teria mais sorte se tentasse secar o Mississipi tirando água dele com uma peneira.

          Mas mesmo com a piadinha, me levanto e vou com eles até o quarto onde Rebekah está, afinal, é melhor lidar com o mau humor dela do que lidar com a saudades que estou sentindo.