POV MARCEL
Elijah, Klaus e eu estávamos no quarto onde o caixão de Rebekah tinha ficado nesses últimos anos. No canto do quarto estava a empregada que Klaus escolheu para alimentar irmã quando ela "despertasse". Ele retirou a adaga e ficamos aguardando.
De repente Rebekah inspira bem fundo, enchendo seus pulmões de ar. Elijah vai até ela e ajuda se sentar. Mas ela não queria ficar sentada lá, naquele caixão, isso estava na cara. Mais que depressa ela se levantou.
- Parece que você dormiu por uma década irmã. - diz Klaus, a voz cheia de deboche. - Está péssima.
- Ah, Nick, quando eu colocar as minha mãos em você... - ela ameaçou irritada.
- Chega disso, os dois, por favor. - Elijah pediu.
Ela desviou os olhos de Klaus e me viu.
- Marcellus...
Foi só o que ela disse. Se virou para Elijah e perguntou:
- Quanto tempo eu fiquei aqui?
- Mais de 5 décadas. - Elijah disse pesaroso.
- Você me roubou mais de 50 anos de vida? Olha pra mim sei maldito, desgraçado. - ela gritou para Klaus, avançando na direção dele. Me coloquei no caminho.
- Sai da minha frente, Marcel.
- Eu sei que você está brava, mas ele te liberou, fique contente.
- Contente? Quer que eu seja grata porque ele decidiu que não me queria morta por mais tempo?
- Eu não disse isso. Mas o tempo que ele te tirou já passou. Ele concordou em te acordar porque temos uma notícia para você.
- Que notícia?
- Primeiro se alimente, Rebekah. - Diz Elijah, entregando a empregada que foi compelida a não gritar e não oferecer resistência.
Depois de drenar a empregada totalmente, Rebekah, que estava um pouco mais calma, repete:
- Que notícia?
- Tem alguém esperando pra te conhecer.- eu digo. - e ela está ansiosa.
- Ela? Ela quem, Marcellus? Deixe de rodeios e explique logo.
- Ela é minha filha. - digo e vejo a reação de surpresa no rosto dela. - adotada. - acrescento- Ela foi deixado aqui na porta 6 anos a trás e seus irmãos e eu decidimos cuidar dela. - parei pensando um pouco no que dizer para explicar o quão maravilhosa minha filha é.
- Continue, por favor. - ela pediu, parecendo curiosa.
- Desde mais nova, seus irmãos e eu contamos as histórias da família Mikaelson, ela sempre te admirou, mesmo que a única coisa que ela tenha pra te idealizar seja um quadro seu, aquela pintura de um tempo atrás.
- Então ela não sabia que eu estava aqui?
- Não, nós dissemos que você tinha viajado e que logo Klaus iria te buscar.
- E por que o bom e generoso Klaus decidiu me trazer de volta da minha viagem hoje?
- A ama de leite de Anne, que agora é sua babá...
- Então esse é o nome dela? Anne?
- Anne Marie Gerard. - responde Elijah.
- Bela escolha. - ela disse e sorriu, estava com saudades do sorriso dela. - Mas você dizia o que antes de eu te interromper?
- Que a insistência da ama de leite de Anne, juntamente com um pedido da própria, fizeram seu irmão reconsiderar.
- E como a sua filha é Marcel?
- Ela é linda, Rebekah. - digo sorrindo. - Tem os cabelos castanho escuro, os olhos dela são de um castanho tão escuro que quase não dá pra distinguir a íris da pupila. E a pele dela é um tom de moreno bem claro, quase parda. Uma bruxinha adorável.
- Você acabou de descrever uma garota Durkhein pra mim, Marcel. - ela disse.
- Não quero ouvir o nome dessa família aqui, Rebekah. - Klaus disse.
- Na verdade, Rebekah - Elijah tenta explicar - quando a encontramos aqui na porta, suspeitamos que ela fosse filha de uma bruxa do clã Tremé, chamada Beatrix Durkhein.
- Mas? - Rebekah estava confusa.
- Mas nada, - Klaus rebate novamente. - ignoramos a semelhança, já que de toda forma não faz diferença para nós, a adotamos.
Contei do bilhete da mãe biológica de Anne e Rebekah entendeu porque nós não insistimos em ir atrás da tal Durkhein. A mesma expressão de seus irmãos ao escutarem a história de Anne estava agora no rosto dela. Provavelmente pensando o que no mundo faz uma mãe odiar a própria filha. Parecia incrédula.
- Quero conhecê-la! - Rebekah disse por fim.
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A filha de Marcel
FanficNascer bruxa no quartel francês já não era uma coisa muito boa, mas ser abandonada ainda bebê pela mulher que deveria me amar, foi ainda pior. Mas eu tive a sorte de encontrar um pai que me amou e que me deu uma família. Eu sou Anne Marie Gerard, um...