3. INSTITUTO DE NOVA YORK

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Os primeiros raios de sol que nasciam no leste adentraram o quarto, incomodando os olhos fechados de Elsie que os abriu resmungando e bocejou. Espreguiçou sentindo seus ossos estralarem, até que sua mente relembrou a noite anterior. Havia dormido mal, não conseguiu dormir pensando em tudo que estava acontecendo, mais precisamente em seu futuro marido.

Alec Lightwood, se lembra de o ter visto uma vez no Garde por ser o mais velho dos irmãos. Extremamente alto e esguio, os olhos castanhos-esverdeados e o cabelo bagunçado. Um ar de bad boy para quem olhasse de fora, mas havia percebido que em seu interior é apenas um menino retraído. Se perguntava como ele aparentando ser um homem tão certo, foi capaz de deixar que os irmãos quebrassem todas as regras e leis.

Suspirou, e puxou a coberta do traseiro e se levantou. Olhou-se no espelho, e viu as marcas de quem não havia dormido direito. Deu de ombros, e entrou no banheiro. Seu corpo todo relaxou ao sentir a água quente sobre si, e assim que terminou seu banho, sua audição captou um barulho vindo da varanda. Retirou sua lâmina serafim detrás da toalha, e abriu a porta devagar alarmada para atacar, e respirou aliviada ao ver seu parabatai entrando por sua janela.

— Deveria ao menos me mandar uma mensagem de fogo quando você for pular minha varanda, meu pai poderia ter visto — falou guardando sua lâmina, mas não evitou sorrir ao vê-lo ali com sua jaqueta de couro que o deixa charmoso.

De tudo em Alicante, uma das coisas que sempre amou além de natureza tão bela, é seu parabatai. Viktor a conhece desde bebê, cresceram juntos e mais velhos decidiram se tornar parabatai. A única escolha na qual Elsie não se arrepende, mas tudo havia mudado dos últimos anos. Os sentimentos de Viktor por ela haviam ficado mais evidente para seus olhos, diferente dos de fora que achavam que era apenas a ligação, e ela havia se rendido a isso e a culpa a atingia cada vez que o sentia em si.

— Eu queria te ver antes de irmos para Nova York, você sabe que como parabatai não podemos ficar longe. Mas talvez, aqui seja o único que posso ter você uma última vez. Em Nova York, muitos podem desconfiar — sussurrou analisando cada traço do seu rosto enquanto se aproximava, até finalmente abraça-la.

— Não duvido nada disso, ouvi uns comentários dizendo que são bem intrometidos em assunto alheios — sussurrou de volta afagando suas costas.

Viktor segurou seu queixo delicadamente, e ergueu a fazendo olhar diretamente para seus olhos escuros. Seus lábios roçando um no outro.

— Você sabe que aos olhos dos outros, isso é errado — sussurrou querendo sentir ainda mais aqueles lábios, mas também tinha sentia medo de fazer aquilo em sua casa. Nunca se sabe quando seu pai pode entrar de surpresa no seu quarto.

— Se me apaixonar por minha parabatai é um pecado, eu pecarei quantas vezes for preciso para ter você.

Elsie suspirou extasiada, e roubou-lhe um beijo lento expressando todo seu desejo por ele naquele momento. As mãos de Viktor apalparam cada parte do seu corpo, até chegar ao nó da toalha e desamarrar, a fazendo cair aos seus pés.

Ele foi além ao tocar cada parte de prazer já conhecido, enquanto ela relembrava cada parte do seu corpo que gostava de tocar. Se enrolaram entre os lençóis, dando e recebendo prazer um do outro, se amando de todas as formas e tentando ser discretos. Verdadeiros pecadores aos olhos dos filhos de Raziel.

— Eu deveria ter feito a runa do controle de natalidade — Elsie murmurou saindo dos beijos que recebia na cama, e Viktor suspirou.

— Desculpa por isso, acabei me precipitando. Mas eu precisa...preciso de você — declarou a fazendo sorrir.

— Nós nos precipitamos, mas preciso que pegue a poção contra gravidez que a clave disponibiliza para mim, se me verem fazendo isso irão contar ao meu pai e já sabe o que vai acontecer.

HELLISH HUNTER || ALEC LIGHTWOODOnde histórias criam vida. Descubra agora