28. A VIDA DE AGNES PT.2

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Os irmãos de Valouis se sentiam vitoriosos, conseguiram destruir suas irmãs e tomar o trono para si. O padre agora também vivia esbanjado de luxúria como queria. Mas, eles não esperavam pelo o que aconteceria naquela noite.

Nadiran se deitou em sua confortável cama com lençóis de seda. Ele fechou os olhos, mas sentiu a estranha sensação que tinha mais uma presença com ele. Ele abriu os olhos e não viu ninguém, e fechou os olhos novamente.

"Nadiran"

Ele abriu os olhos abruptamente. Aquela voz...Agnes... Não, Agnes está morta.

"Meu doce, irmão. Nadiran."

Ele sentiu mãos passaram por seus cabelos, e virou para trás não vendo ninguém. Nadiran pegou um terço, e começou a rezar. Mas então, uma mão agarrou sua mandíbula.

— Olhe pra mim, irmão.

Ele levantou os olhos, e viu Agnes com um sorriso. Antes que ele pudesse gritar, ela tampo sua boca e fez um sinal de silêncio.

— Eu voltei por você, irmão. Só agora percebo o quão tola eu fui — lentamente ela afastou a mão de sua boca — Eu poderia ter dado o trono a você, e ter me tornado sua rainha. Fui tola em não ver o quanto me amava. Mas agora eu estou aqui. Você será meu rei, e eu serei eternamente sua rainha.

— Não acredito em suas palavras — sussurrou.

Mas quando Agnes olhou em seus olhos, Nadiran sentiu como um feitiço, uma sedução o forçando a se render à ela. Agnes sorriu ainda mais ao perceber, e estendeu a mão.

— Me ajude, irmão. Vamos garantir que nenhum dos nossos outros irmão nos atrapalhem. Você sabe que não irá conseguir nada sem mim. Eu sou a sua salvadora.

Nadiran segurou a mão de Agnes, e então estava feito.

Os dias que se seguiram no castelo eram sombrios. Ouviam gritos, vozes rindo, e virão Nadiran enlouquecer. Ele cantava cânticos demoníacos, e cortava cada parte do seu corpo alegando que sua senhora pedia por aquilo. Gorah pediu ao padre que benzesse o castelo contra os demônios, mas nada cessou. Até que naquela noite, os irmãos beberam de um vinho no jantar e apagaram, acordando então dependurados de cabeça pra baixo no salão do castelo.

— O que está acontecendo? — Gorah gritou. Estava assustado junto com os outros irmãos, e Nadiran continuava cantando coisas sobre demônios.

— Quem nos prendeu aqui irá sofrer a ira! — Basius ameaçou.

— Mais do que já sofri, irmão?

Assim que ouviram aquela voz, viram a bela mulher entrar. Agnes trajando roupas de soldado como um homem, e a sua espada.

— Eu sinto muito entrar sem ter sido convidada, mas não podia deixar de vir prestigiar o novo soberano. Gorah, você se saiu melhor do que eu esperava.

— Você estava morta, sua puta. Você e sua irmã — Gorah cuspiu.

— Realmente, Úrsula morreu e está em um bom lugar, mas eu morri e fui pro inferno.

Nadiran continuava cantando músicas, até que começou a gorfar sangue dos lábios. Agnes riu.

— Vocês não sabem mesmo o que era o vinho que beberam? Tudo bem, eu conto. Era sangue dos criados junto com uma poção para desacordar vocês.

A atenção dos irmãos foi distraída com criaturas que saíram das sombras, tinham forma humana, mas o rosto era horrendo, a pele machucada em licor negro e andavam em quatro patas.
Os irmãos tentaram se soltar, mas foi Gorah quem começou a rezar.

HELLISH HUNTER || ALEC LIGHTWOODOnde histórias criam vida. Descubra agora