27. A VIDA DE AGNES

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ESTE CAPÍTULO POSSUI GATILHOS!!

Narrador.

Alec frangiu o cenho ainda observando a imagem da bela e perigosa mulher desenhado no livro velho. Ele sabia todos os nomes de Lilith, sabia tudo que podia sobre a rainha dos demônios, mas não imaginava que ela teria uma esposa. 
Magnus tocou a imagem de Agnes com as pontas dos dedos, e era como se pudesse sentir as vibrações negativas da caçadora. Sabia que o que encontrariam ali não seria bom.

— Por que Elsie estava procurando sobre essa Agnes? — Alec o questionou, quase ordenando que o respondesse de imediato e claro.

— Eu não sei, ela nunca me especificou. 

Alec bufou irritado. Odiava ser o único a não saber de nada, por mais que Magnus não soubesse nada do que a meia-verdade. 

— Tudo bem, vamos ler sobre essa tal Agnes.

Magnus suspirou, e começou a ler as letras tão perfeitas desenhadas naquele livro. Suas mentes viajaram diante do que liam, imaginando cada cenário de como tudo havia acontecido.

"Na época antiga, mil anos antes da existência do primeiro caçador de sombras, nasceu Agnes de Valouis, a herdeira de um grande reino na Península Ibérica. Era a filha mais velha de uma irmã e cinco irmãos. Agnes foi criada para ser uma grande soberana, e tinha um porte que era considerado apenas para os homens. Inteligente, determinada e lutava como nenhum outro homem."

— Não pensou em renunciar o trono para um de nós  ainda, irmã? — Gorah levantou a espada para irmã em um momento de lazer com Agnes, e seus outros quatro irmãos que empunhavam espadas.

— O trono só será de um de vocês quando meu sangue for derramado no chão — respondeu convicta, mas também havia um tom de brincadeira.

Seus irmãos a atacaram, mas de um por um, golpeou contra suas espadas os desarmando. Úrsula sorriu, batendo palmas para a irmã que mais uma vez ganhava dos irmãos. 

— Eu acho que Agnes nasceu no corpo errado. Em uma vida passada, você deveria ter sido um homem dado ao seu comportamento inadequado para uma dama —Seth resmungou, se levantando com a espada em mãos, mas seu olhar era de fúria para a irmã.

— Você só precisa aceitar, irmão, que as mulheres podem fazer tudo o que os homens fazem e até melhor — Agnes piscou, e colocou a espada sobre os ombros indo para dentro do castelo.

Úrsula ainda olhava com admiração para Agnes, mas não deixou de notar os olhares insatisfeitos dos seus irmãos.

— Eu acho que Agnes está se elevando demais — ouviu Merion sussurrar. 

Naquela mesma noite, a família real se juntou em um jantar. O rei Achard estava velho, ainda tentando se manter bem para se juntar aos seus filhos. Ele sorria com admiração vendo Agnes contar sobre todas as reuniões políticas que havia participado. 

— Eu acho que devemos escutar os mais pobres, eles geram nossa renda. Por isso, quando me tornar rainha, irei fazer reuniões do gabinete com cada representante dos nossos vilarejos. Um servente com sua boa sabedoria deve pensar em todos.

— E é por isso que será uma governante melhor do que qualquer outro aqui, minha filha — Achard elogiou. 

— Ora, pai, mentir não é o certo — Nadiran riu — O senhor tem cinco filhos homens que lidariam melhor com nosso reino do que uma mera velha deixada para titia com pensamentos de mulher-macho. 

Agnes revirou os olhos.

— Eu não sou uma mulher-macho, sou apenas uma mulher que cumpre com as honras e deveres de uma primogênita, e que irá com a graça de Deus governar com sabedoria e bondade. Você nem sequer sabe o que é isso, nenhum de vocês sabem. Apenas se importam em foder suas prostitutas, e beber em tavernas. 

HELLISH HUNTER || ALEC LIGHTWOODOnde histórias criam vida. Descubra agora