5. JANTAR

4.6K 302 87
                                    

Valerie Hoffmann aproveitava tranquilamente o silêncio e paz que se instalou na enorme mansão por estar sozinha. Ali, poderia relembrar sem perturbações em sua mente cada parte da sua vida que sentia falta. Caminhou até o seu quarto de casal, e se ajoelhou diante da cama, abrindo o chão falso embaixo dela. Nem Kraven ao menos imaginava sobre aquele lugar, e espera que continue assim. Suas mãos tocaram a caixinha de música com carinho, e a abriu onde uma bailarina já enferrujada se movia com dificuldade, mas o som sempre continuava o mesmo.

[PENELOPE — JOBY TALBOUT FAIRGROUND]

A música invadia seus ouvido lhe passando calmaria, e se lembrando de uma época de sua vida que havia ingenuidade na maldade dos caçadores da Clave, pessoas como Kraven. Sua mente viajou diante daquilo.

Você não vai conseguir me vencer nunca, William — debochou do híbrido se defendendo de cada ataque que ele fazia.

Isso fez com que sua raiva pela menina inflamasse por suas provocações, e investiu seus golpes. Mas com um giro, Valerie derrubou sua espada e apontou sua lâmina para sua garganta.

Você deveria treinar mais — esboçou uma pose superior, fazendo o menino lhe dar um olhar triste — Ah, me desculpe William. Não queria te ofender.

— Tudo bem, eu realmente devo treinar mais. Afinal de contas, tenho que estar a sua altura se for ser seu parabatai.

Valerie sorriu com a lembrança. A clave ainda não havia aceitado iniciar o treinamento de parabatais, mas não por apenas terem 11 anos, mas por não saber como William se desenvolveria.

— Eu tenho certeza que a clave logo mudará de ideia. Não entendo esse medo dele de tentarem fazer uma runa em você. Sangue angelical corre por suas veias como todos nós.

Tudo que nos resta é esperar — deu de ombros — Ah, tenho um presente pra você.

William correu até sua mochila jogada no gramado, e vasculhou jogando seus casacos e toalhas pelo chão. Valerie fez uma careta com cada coisa que saia, mas sua expressão mudou quando viu uma caixa de música sair dali. O menino sorriu envergonhado e entregou em suas mãos.

— Economizei algumas pratas e consegui comprar pra você. O moço da rua conseguiu segurar pra mim até que tivesse dinheiro o suficiente.

Valerie olhou para ele sem conseguir reagir, e abriu a caixa vendo a bailarina aparecer e girar enquanto a suave música tocava.

— É lindo — sussurrou.

— Como você.

Obrigada William, muito obrigada.

Obrigada William, muito obrigada — sussurrou sentindo a lágrima escorrer pelo seu olho direito. Seu peito doía com a falta que sentia dele, era absurda demais.

HELLISH HUNTER || ALEC LIGHTWOODOnde histórias criam vida. Descubra agora