4. TEATRO AOS CAÇADORES

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*HORAS ANTES*

ALEC LIGHTWOOD

Observei o sol nascer em Nova York diante da janela do meu quarto. Bocejei, sentindo a consequência da madrugada em claro, mesmo que havia sido minha noite de folga. Meus pensamentos estão em Elsie e sua chegada hoje, enquanto meus irmãos se preocupam na possível ditadura que ela possa querer criar aqui dentro. Eu nem ao menos sei como agir perto dela, a via apenas de relance em situações de urgência no garde. Mas agora tudo é diferente, ela é minha futura esposa.

Sai da janela indo para o banho, e demorei minutos ali embaixo sentindo a água fria arrepiando a minha pele, e espairecendo minha cabeça. Sai do meu quarto, e a maioria dos caçadores já estavam a postos indo tomar o café da manhã. A patrulha noturna havia acabado de chegar, e dependuravam seus casacos perto da porta.
Assim que cheguei no refeitório, me aproveitei da pequena fila para pegar a refeição do dia. Panquecas duras que podem ser usadas como armas contra vampiros, e deliciosas frutas vermelhas que salvam nosso estômago.

— Bom dia, futuro sr. Hoffmann — Jace bateu forte contra minhas costas e quase cuspi a panqueca de volta — Oh, não. Senhor Hoffmann só existe um, não podemos dizer uma coisas dessas se não quisermos que seu sogro arranca seu baço.

— Muito engraçado — murmurei enfiando um morango inteiro na boca.

Clary se aproximava com Isabelle e se sentaram bem em nossa frente com carrancas de quem estão detestando a comida de hoje, ou melhor, de todos os dias.

— Deveríamos contratar novas cozinheiras para esse lugar, essa panqueca vai destruir meu estômago — Isabelle resmungou irritada.

— Isabelle, se as panquecas das nossas adoráveis cozinheiras destruiriam seu estômago, os seus serviriam como uma bomba — Jace provocou, recebendo uma garfada na mão e grunhiu de dor.

— Não tenho culpa que entre aprender a cozinhar e lutar em cima de um salto quinze, eu preferi a luta — se exibiu jogando os longos cabelos para trás.

— Não luto em cima de um salto, mas eu cozinho — Clary riu e levou um tapa fraco no ombro da minha irmã.

— Clary salva os nossos estômagos, e o Jade Wolfs também nas horas vagas — Jace disse em um tom de comemoração — O que há, Alec? Você está muito calado.

— Já se esqueceram que é hoje que Elsie chega com o Viktor? Eu não sei o que vou fazer?! — suspirei.

— Como esquecer — Jace cantarolou.

— Alec, vai dar tudo certo. Converse com ela para conhecê-la e tentem se entender da melhor forma. Além de que, assim você poderá saber o que ela pretende por aqui — Clary aconselhou. Eu deveria a escutar mais vezes por mais que odeie admitir.

— Quem sabe vocês não se apaixonem — Isabelle zombou.

— Duvido muito disso — revirei os olhos — E ela é mais velha.

— Idade é apenas um número — Jace apertou meu ombro.

— E a cadeia apenas uma cela — Clary acrescentou divertida, e frangimos o cenho pra ela — Coisa mundana, deixa pra lá.

— A mamãe quer falar com você depois do café da manhã — Isabelle avisou.

— Vou lá agora — usei como desculpa para sair do meio do bando de loucos.

Jace me deu um tapa fraco nas costas, e me levantei indo para a sala do diretor. Parei em frente e bati na porta. Sei que o assunto seja sobre Elsie, a única salvação de recuperar o Instituto. Imagino que ela irá deixar seu parabatai como vice-diretor, mas isso irá mudar quando nos casarmos.
Ouvi a confirmação que poderia entrar, e prossegui com cautela para me certificar que não estaria atrapalhando.  Maryse estava em frente à varanda observando Nova York com sua expressão séria e indecifrável.

HELLISH HUNTER || ALEC LIGHTWOODOnde histórias criam vida. Descubra agora