HELLISH HUNTER || ALEC LIGHTWOOD

21. ATAQUE

POINT OF VIEW • ELSIE HOFFMANN

 A noite caiu rapidamente, e eu já me sentia exausta de tanto trabalhar. A única coisa que me deixa aliviada é que finalmente resolvi a situação com Viktor. Eu queria poder me deitar na minha cama e esquecer tudo que está acontecendo, ter uma boa noite de sono e paz por algumas horas.
Eu conversei com os caçadores deste turno de patrulha noturna, e segui para meu escritório para ficar mais algumas horas antes de ir para o meu quarto. Talvez eu também veja se Imogen está bem instalada. Eu senti um cheiro muito gostoso vindo do corredor, e minha barriga roncou. Assim que abri a porta do meu escritório, vi Alec na varanda com uma mesa posta a luzes de velas.

— Você gosta de comida italiana? — questionou, vindo até mim — Temos Nhoque de Ricota com Espinafre, vinho rosé e Bruschetta de presunto de Parma, Queijo e Rúcula como sobremesa. 

Eu observei Alec de cima a baixo, ele aparentava estar relaxado naquela camisa social branca meio aberta e as mangas arregaçadas e uma calça social preta. O seu cabelo, por outro lado, está bem alinhado com gel. Ele está tão lindo.

— Eu amo comida italiana, amore mio¹.

Alec sorriu, e beijou a minha testa me fazendo fechar os olhos e sorrir. Ele segurou a minha mão e me levou até mesa. Ele puxou a cadeira para que eu pudesse me sentar, como um cavaleiro.

— Eu sei que com essa loucura do Ciclo, nós dois não teremos tempo para ir para um encontro agora. Por isso, eu decidi que um jantar no instituto seria favorável e te ajudaria a relaxar desse estresse.

Alec começou a servir o meu prato.

— É muito gentil da sua parte, obrigada. Eu fiquei muito feliz em ver você aqui com tudo isso,eu estava precisando de uma distração.

Alec colocou o prato em minha frente, e se inclinou para beijar meus lábios. Eu segurei seu rosto, o acariciando e sorri entre o beijo. Ele colocou a mão em minha nuca, me puxando para mais perto. Mordi seu lábio, finalizando o beijo com selinhos.

— Vamos comer antes que eu te encha de beijos e não queira mais parar — sussurrei, acariciando meu nariz no seu.

— Eu terei que concordar.

Ele se afastou, e se sentou de frente para mim e arrumou sua própria comida. Eu me virei, observando as luzes da cidade e a movimentação. Nova York nunca dorme.

— Você quem fez a comida? — indaguei, enrolando o Nhoque no talher e o enfiei na boca. Gemi ao sentir o sabor perfeito.

— Comer a minha comida é passar uma semana sem sair do banheiro — disse em um tom divertido, e ri.

Ver Alexander tão descontraído nem parece o mesmo Alexander que conheci no início.

— Eu tenho que me lembrar de passar bem longe de uma comida feita por você — continuei comendo.

— Minha mãe é uma ótima cozinheira, mas nenhum de nós três conseguiu ter os seus mesmos dotes.

— Eu consegui pegar as receitas da minha mãe, por sorte. Eu posso sobreviver. Quem sabe um dia quando tivermos tempo, eu não te ensine.

— Eu agradeceria — piscou, e senti meu coração martelar dentro do peito. Suspirei, e sorri para ele.

Eu continuei comendo meu Nhoque o mais rápido que podia, eu estava doida para experimentar as Bruschettas. Beberiquei um pouco do vinho, até perceber que Alexander comia me encarando.

— Amore mio, nunca te falaram que é feio comer encarando as pessoas? — pisquei pra ele.

— Me perdoe se não consigo tirar os olhos de você.