HELLISH HUNTER || ALEC LIGHTWOOD

26. LIVRO DE HISTÓRIAS DEMONÍACAS

POINT OF VIEW • MAGNUS BANE

Eu senti algo vibrar embaixo do meu rosto, e me levantei bruscamente sentindo a baba escorrer do canto da minha boca. A minha cabeça explodia de dor, e limpei a boca no pano da minha camisa. Ninguém nunca havia visto Magnus Bane naquele estado, mas é algo que alguém culpado tem estado nos últimos dias. Desde que um mês se passou e não encontraram Elsie, eu senti o peso do mundo em minhas costas. Se eu tivesse contado a ela a verdade sobre o destino dar cartas, se eu tivesse alertado sobre a verdade e contado a seus amigos sobre a história que ela procurava por algum motivo, talvez eu teria conseguido impedir tudo o que aconteceu.
Eu peguei o celular que vibrava, e vi o user escrito "A. Lightwood". Eu não queria atender o telefone, e ter que ouvir a voz quebrada dele de uma decepção de não encontrar a esposa e eu me senti ainda pior do que eu já estou, mas eu não tinha outra opção. Eu já havia me envolvido demais nessa história, e não é como se eu pudesse lhe dar as costas. Eu deslizei sobre a tela do celular, e atendi a ligação.

— Alexander — falei assim que atendi, e não demorou muito para eu ouvir a voz desesperada do outro lado da linha.

— Magnus, eu sei que ainda é muito cedo, mas nós precisamos da sua ajuda no instituto. Foram encontrados 30 corpos mortos de caçadores de sombras das formas mais horrendas possíveis, e acreditamos que não foi o Ciclo quem fez isso. Precisamos da sua ajuda.

Primeiro, eu pisquei tentando assimilar o números de mortos que ele dizia, depois eu tentei assimilar que mais uma vez eu me metia na confusão de caçadores de sombras e não tenho para onde fugir em plena 06:20 da manhã.

— Eu estarei aí em alguns minutos, Alexander. Me esperem.

— Obrigado, Magnus.

Eu desliguei a chamada, e mais uma vez eu me peguei relembrando a conversa com Elsie. Ela queria que eu a ajudasse a encontrar o que significava "Caçadora Infernal". Mas o que realmente significava isso?
Zachariah nunca me trouxe os livros antigos pois os irmãos do silêncio não tem saído da Cidade dos Ossos para proteger a espada da Valentim, mas eu ainda tenho esperanças que uma hora ele irá os trazer para mim e ao menos eu desvendarei o mistério que a Hoffmann queria descobrir.
Eu tomei um banho que estava tanto precisando em meio aquele bafo e catinga, e falhei miseravelmente fazendo um delineado e usei magia para me salvar, ninguém jamais veria Magnus Bane parecendo um derrotado. Eu segui o trajeto do Instituto mesmo que eu pudesse fazer um portal, pela primeira vez eu senti a necessidade de tomar um vento no rosto e observar os mundanos despreocupados. Quando finalmente cheguei no Instituto, o guarda na porta me deu espaço para entrar ao já saber sobre a solicitação da minha presença.

Alexander já me aguardava perto do painel central do Instituto, e soltou um suspiro aliviado ao me ver. Ele veio até mim, e levantou a mão para me cumprimentar e aceitei seu aperto.

— Me acompanhe até o necrotério, por favor. Você precisa ver isso.

Eu segui Alexander pelo Instituto até estarmos na ala dos mortos e apodrecidos, e frangi o nariz com o cheiro horrível dali. Alexander colocou luvas, e puxou um dos armários de onde saiu um corpo enrolado em um saco. Ele abriu o zíper lentamente, e senti a bile subir na minha garganta. O corpo tinha o crânio esmagado, sem olhos e sem cérebro, assim como suas runas foram arrancadas.

— Mais outros corpos foram encontrados desta forma, e outros até piores. Encontramos um que todos os órgãos foram dilacerados do corpo, Magnus. Que soldado do Ciclo seria capaz de fazer isso?