POINT OF VIEW - ELSIE HOFFMANN
Estar em uma grande festa de casamento deveria ser a maior felicidade, principalmente para os noivos, mas para mim tem sido a coisa mais deprimente. Eu queria tanto que meu parabatai estivesse ao meu lado nesse momento, embora jamais possa colocar o peso de minhas responsabilidades sobre ele, ainda mais algo que envolve nossos sentimentos nisso. Eu sabia que me envolver com Viktor traria grandes consequências, e agora estou tendo que arcar com elas.
Observei as mais novas runas pelo meu corpo, as terei por um bom tempo por aqui.— Aceita uma sangria? — Alexander se aproximou sorrateiro com a bebida avermelhada em mãos. Sorri para ele.
— Os noivos não deveriam estar bebendo champanhe? — cruzei os braços fazendo um bico.
— Champanhe é para os fracos — deu de ombros. Não consegui evitar a risada, que chamou a atenção de alguns próximos que já haviam nos parabenizado pelo casamento.
— Algo me diz que você é fraco em todas — falei arqueando as sobrancelhas.
— Depende da quantidade que eu bebo, não posso exagerar. Infelizmente não tenho a tolerância dos feiticeiros.
— Ninguém bebe como os mestiços. Acho que vou aceitar sua sangria, afinal de contas, eu estou sempre bebendo do seu copo.
Ele deu de ombros, e me entregou o copo com a bebida. Eu bebi sentindo o gosto forte e delicioso na minha boca. Céus, eu amo sangria!
— Onde está seu parabatai? Eu não o vi depois da cerimônia.
— Viktor foi para Idris, pelo menos foi o que minha mãe disse — percebi o olhar pensativo de Alec para baixo, e resolvi inventar algo rápido para não gerar desconfianças — Ele trabalha nas tropas de lá, houve um problema que ele precisou resolver. Nosso serviço vem em primeiro lugar, não é mesmo?
— Você tem razão, se não fosse por isso, eu não teria me casado com você — sussurrou a última frase para que apenas eu escutasse. Pisquei pra ele, e fiz um sinal de silêncio.
— Esse é o nosso segredinho, sr. Lightwood.
Alec riu baixo, um perfeito cúmplice. Por incrível que pareça, não entendo porque estamos tão descontraídos depois da cerimônia. Acho que seja porque a parte mais tensa já passou, a cerimônia com todos nos olhando. Claro que ainda somos a atenção do lugar, somos os noivos, mas não tanto quanto antes.
Observei os caçadores que conversavam entre si. Alec tem muita sorte de não ter crescido nessa bolha de caçadores ricos e arrogantes. Ele ao menos tem amigos e uma família de verdade.— Querida — Minha mãe me chamou. Eu nem havia notado sua aproximação — É hora da noiva jogar o buquê.
— Tudo bem, estou indo.
Deixei a bebida em cima da mesa atrás de nós, e peguei o meu buquê. Assim que me afastei, Clary e Jace foram na direção de Alec. Virei a cabeça para trás e eles começaram a dizer algo que eu não ouvia. Alec mudou sua expressão na mesma hora, ficando mais sério do que ele costuma ser. Voltei a minha atenção ao bando de mulheres desesperadas pelo meu buquê, e pensávamos que isso acontecia apenas com os mundanos.
— Eu vou jogar — Falei ficando de costa pra elas — É um, é dois, é três...
Virei o buquê com tudo para trás e ele voou na direção das mulheres, que pularam como malucas para pegar. O buquê foi parar na mão de Lydia Branwell. Sorri ao ver isso. Ela merece ser feliz desde que seu marido morreu no ataque de demônios.
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HELLISH HUNTER || ALEC LIGHTWOOD
Random𝑬𝒖 𝒒𝒖𝒆𝒓𝒐 𝒆𝒔𝒄𝒐𝒏𝒅𝒆𝒓 𝒂 𝒗𝒆𝒓𝒅𝒂𝒅𝒆, 𝒆𝒖 𝒒𝒖𝒆𝒓𝒐 𝒑𝒓𝒐𝒕𝒆𝒈𝒆𝒓 𝒗𝒐𝒄𝒆̂. 𝑴𝒂𝒔 𝒄𝒐𝒎 𝒂 𝒇𝒆𝒓𝒂 𝒅𝒆𝒏𝒕𝒓𝒐, 𝒏𝒂̃𝒐 𝒉𝒂́ 𝒐𝒏𝒅𝒆 𝒏𝒐𝒔 𝒆𝒔𝒄𝒐𝒏𝒅𝒆𝒓𝒎𝒐𝒔. Elsie Hoffmann é uma caçadora de sombras perfeita, vinda de...