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- Você tem que ouvir o que ele tem a dizer

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- Você tem que ouvir o que ele tem a dizer..- Clari diz enquanto caminhamos até o ponto de onibus depois de comprar algumas coisas no centro.

- Já disse que não quero.. não sei se você percebeu mas ele é casado..- Respondo.

- Mas você não ouviu a história toda..- Insiste.

Paro de andar e encaro minha amiga.

- Olha.. talvez a gente converse em algum momento mas agora o que preciso é chegar em casa..veja, o ônibus está vindo. - Digo e faço sinal pro coletivo que para.

Vou o caminho todo ouvindo Clarissa falar sem parar sobre como Henrique era um cara legal.

- Falando assim até parece que está interessada nele..- Digo e minha amiga fecha a cara.

- Olha.. só estou dizendo que.. ele quer conversar com você. Devia ouvir o lado dele e depois decidir o que fazer. - Diz antes de se despedir e descer em seu ponto.

Quando chega minha parada, aperto o sinal e o ônibus para, desço e então caminho devagar pois as sacolas estão um pouco pesadas, já está um pouco escuro mas ainda tem bastante movimento na rua.

Estou quase chegando na esquina de casa quando escuto alguém chamar por mim. Assim que me viro vejo o mesmo homem que esteve no restaurante no dia do meu aniversário.

O irmão da doutora Fernanda.

Mas como ele lembra de mim? Nem somos íntimos, mesmo assim aceno com a cabeça e continuo andando mas logo vejo ele atravessar a rua e vir até mim.

- Quanto tempo eim..- Diz logo depois de beijar meu rosto.

Estranho sua aproximação mas não digo nada.

- Pois é.. tem um tempinho. Como vai?!- Pergunto.

- Estou bem e você?!- Digo.

- Estou ótimo.. estava passando por aqui quando te vi. Precisa de ajuda com as sacolas?!- Pergunta já estendendo as mãos para pegar algumas.

- Na verdade seria ótimo..- Digo passando algumas sacolas pra ele.

Entramos no meu prédio e vamos subindo devagar até meu apartamento, vamos conversando sobre coisas aleatórias. Abro a porta de casa e logo depois de mim, ele entra e deposita as sacolas no chão ao pé da mesa.

- Muito obrigada.. ajudou muito..- Digo para o homem que coloca as mãos no bolso.

- Não fiz nada demais.. - Diz dando de ombros.

Fica sem saber o que mais dizer uma vez que ele também não diz e nem faz nada. Resolvo então oferecer uma bebida.

- Você aceita uma água, um café? Quem sabe um suco..- Ofereço.

- Água seria ótimo..- Respondo logo depois.

Encho o copo de água e entrego ao homem que bebe de gole em gole, observando tudo e então depois de me entregar o copo ele agradece.

Desejo De AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora