Uma ida a farmácia ou um esbarrão num lugar aberto.. faria alguma diferença na sua vida?
Será que isso é coisa de destino?
Gabriela em busca de resolver suas inseguranças e medos não contava com a sorte de conhecer naquela bendita farmácia, o amor d...
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De volta a sua sala, Henrique se senta novamente e pede para organizar uma pasta com fichas dos seus pacientes. Ele me explica alguns casos enquanto aproveito para me embebedar mais uma vez de sua beleza.
- Vou tomar um café.. quer vir comigo?- Pergunta me encarando com seus lindos olhos claros.
Nesse momento vejo quando a porta é aberta e uma loira muito charmosa entra na sala.
- Claro que aceito.. - Responde a pergunta do médico que foi dirigida a mim.
A mulher nem se quer nota minha presença ou finge não notar.
- Doutora Fernanda.. - Doutor Henrique diz.
- Aí Henri.. sem formalidades quando estivermos a sós..- Diz se aproximando de sua mesa.
Vejo o homem coçar o queixo.
- Nós não estamos sozinhos..- Diz olhando da mulher para mim.
A loira arqueia as sombrancelhas e fingi falso arrependimento.
- Oh querida.. me perdoe.. não notei que estava aí..- Diz com um sorriso falso.
- Sem problemas.. prazer sou a Gabriela, a estagiária..- Me levanto e lhe estendo minha mão em cumprimento.
A loira apenas sorri e se volta a Henrique.
- Vamos Henri? - Pergunta.
- Na verdade Fernanda.. eu estava convidando a senhorita Gabriela para me acompanhar. - O homem diz ao voltar seus lindos olhos para mim.
- Tenho certeza que ela não se importará de ficar uns instantes a sós.. não é querida?!- Me lança um sorriso falso.
- Não.. tudo bem.. estou sem fome mesmo..- Respondo encarando os dois.
Doutor Henrique se levanta e fica próximo a mim.
- Tem certeza?- Pergunta tocando meu ombro.
- Sim senhor..- Respondo.
A mulher impaciente puxa o homem em direção a porta mas vejo antes, ele me olhar uma última vez.
Assim que a porta é fechada, solto a respiração que nem sabia estar segurando. Minha barriga ronca de fome.
Não gostei daquela loira metida.
Decido focar no que estou fazendo assim esquecendo da loira e da fome.
Estou tão entretida lendo as folhas que nem escuto a porta ser fechada. Só vejo um copo de suco e um sanduíche ser colocado a minha frente.
- Come.. - O homem diz ao se sentar.
- Não.. não precisava..- Digo olhando pro lanche.
- Eu sei que está com fome.. pode comer..- Diz o homem encarando a tela do computador e digitando algo.
