A Liberdade é azul

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Preparados para o último teste cardíaco dessa história?

Gaara se lembrava do dia que perguntou ao seu irmão como era ser feliz. Quando ele explicou que tinha a felicidade interna e a externa, ele ficou um bom tempo tentando entender o que aquilo queria dizer, e só agora, anos depois, ele conseguiu entender o significado.

A felicidade vem mais do que só dos momentos onde ou do está bem, ela precisa ser construída aos poucos, com esforços e desafios, um pouco por vez.

Nos meses que se passaram, muitas mudanças desafiadoras ameaçaram sua felicidade, obstáculos a serem superados.

Depois de uma reunião complicada com os Kages, Shikamaru apresentou uma solução para o maior obstáculo. O Conselho e até o concordaram depois de pouco esforço em mudar a vila para mais perto da área arborizada que Konoha cedeu a eles.

Além de promover o comércio e abrir oportunidades para avanços tecnológicos, aquela mudança encurtou a distância entre as vilas e facilitou muito para Naruto e Gaara se verem com mais frequência.

Cerca de oito meses depois, tudo ficou pronto. Gaara sabia que nunca teria conseguido aquilo se não fosse pela ajuda de Konoha e das outras vilas, tanto em mão de obra quanto em recursos. Ele sempre seria grato pela ajuda dos seus colegas Kages, e principalmente a Naruto, por ter ido pessoalmente a cada Kage pedir ajuda, sabendo que ninguém teria coragem de dizer não a ele.

Dois meses depois, todos haviam se mudado para a nova vila, e Gaara pode se empenhar em cumprir um voto que ele fez durante a guerra.

Naruto cuidou de todos os detalhes, já que ele estava ocupado com as mudanças na sua vila. O loiro aproveitou para fazer tudo em segredo, informando a Gaara apenas a hora e o local onde ele deveria estar, ele decidiu até mesmo a roupa que ele deveria usar.

-Tem certeza? - Gaara perguntou quando viu o terno branco dentro da proteção.

-Sim! - Naruto respondeu animado - Você vai ficar lindo de branco, eu estou pensando até em pedir para o Kankur ficar como segurança.

-Não exagere - Gaara guardou a roupa na sua parte do guarda roupas antes do loiro o abraçar por trás.

-Não estou exagerando! Você é lindo Gaa, eu morro de ciúmes sempre que vejo essas garotas babando em você.

Ele se virou para ficar de frente para o loiro e envolveu seu pescoço com os braços e o trouxe mais para baixo, capturando os lábios dele em um beijo arrebatador.

-Eu até gosto do seu lado ciumento.

Naruto sorriu esnobe antes de guiar os dois para outra noite onde esgotaram as suas forças.

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Depois de colocar o terno branco e caminhar até o quintal da casa onde ele e Naruto moravam, ele se lembrou de uma carta que recebeu há vários anos. Nela, Naruto escreveu que o sentimento dele era simples e inexplicável. Quando leu, ele não gostou nem um pouco. Não queria algo simples, queria o incrível, pois pensava que somente o incrível poderia explicar o que sentia.

Mas quando ele viu o que Naruto tinha preparado, ele conseguiu entender o que Naruto quis dizer.

Quase não foi necessário decoração, já que as cerejeiras florescendo já deixaram tudo perfeito e envolvente. Naruto colocou cadeiras brancas para formar um corredor, as das pontas decoradas com um tecido claro e lírios brancos, e uma tribuna mais à frente.

Eles caminharam juntos, os seus amigos sorrindo a cada passo que davam. Shikamaru e Temari estavam ao seu lado, Neji e Hinata do lado de Naruto, e quando chegaram mais a frente, Kakashi deu início a cerimônia, diante do monumento do Hokage.