Capítulo Quatorze

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Mariane, indo ao escritório todos os dias, começou a ajudar o marido em coisas simples, e dar palpites sobre os negócios. À primeira vista, quem quer que visse, acharia um hábito estranho e que provavelmente provocaria uma briga entre o casal, já que o marido não deveria permitir que a esposa interferisse em seus negócios. Mas como ela mesmo enfatizava, ela era a dona daquela empresa.

Uma semana depois, no sábado, os dois acordaram mais cedo devido aos latidos de Casper que corria atrás de Frida, na sala. Mariane corria atrás dos dois, de cabelo armado, pijama rosa e sem escovar os dentes. Santiago assistia a cena rindo na escada, com pouca preocupação do que fosse realmente acontecer. E ele se deu conta de algo naquele momento; Gostava de verdade de Mariane. Mesmo ela não sendo bonita, isso com o tempo passara a ser um pequeno detalhe. Sempre que olhava para ela sorria, tinha desejo de abraçá-la, e beijá-la. Jesus! O que era aquilo que se acometia em seu coração, que o fazia parecer um tolo sonhador?

— Santiago, pegue o cão! — ela gritou, quando conseguiu pegar a gata no colo.

Ele rapidamente desceu a escada e pegou Casper pela pata traseira, erguendo-o em seus braços.

— Calma, garoto. É só a Froda, logo você se acostuma com ela.

— Frida! — corrigiu Mariane ultrajada.

— Foi o que eu disse. — riu Santiago, sentando-se no sofá com o cão, que havia se acalmado.

— Acho que não dará certo um cão e uma gata nessa casa. — falou a jovem.

— Meu cão não vai embora. — protestou o marido, abraçando Casper.

— Nem Frida irá. Então precisamos pensar em alguma coisa.

— Cada um pode ficar em um andar. Froda fica no seu quarto e os corredores. Casper fica aqui em baixo. — explicou Santiago olhando para a esposa.

Ela bufou. Ele fazia de propósito não acertar o nome da gata?

— Eu concordo. Pode ser uma boa ideia. — aceitou ela. — Eu vou levá-la lá para cima.

— Aproveite e se arrume, cariño, vamos sair para jantar fora.

— Vamos? — Mariane disse em dúvida.

Ele assentiu.

— Sim. Um lugar legal. Trabalhamos muito essa semana. Merecemos um pouco de diversão. — explicou ele, enquanto dava tapinhas nas ancas do cão.

Ela não disse nada mais, mas subiu as escadas sorrindo. Ele a convidara para sair, e era tudo que precisava, um pouco de diversão. E quem sabe o que a noite reservava?

**

Uma hora depois, usando um vestido azul marinho e salto alto, Mariane, na companhia de Santiago chegou a um charmoso restaurante no centro da cidade, uma cantina italiana com clima acolhedor. Havia uma mesa reservada para os dois na lateral, e o garçom anotou os pedidos rapidamente, prometendo que logo traria os pratos.

— Está linda, cariño. — ele disse enquanto ela olhava para o menu, assustando-a.

Ela ergueu o olhar para ele. Nem usava maquiagem, ou tinha prendido os cabelos e tirado os óculos.

— Deveria usar óculos, hombre. — ela debochou, colocando o menu de lado. — Está sentindo esse calor?

Estava. Por Deus como estava. Seu corpo queimava de um desejo louco, seu pau latejava dentro de suas calças e ele só conseguia pensar em uma única coisa, e não era a comida.

— Vi na previsão que vai chover amanhã. Deve ser isso. — sim, só chuva para aplacar aquele calor que o deixava desconfortável debaixo daquelas roupas formais.

O CEO que amei COMPLETO ATÉ DIA 10/04Onde histórias criam vida. Descubra agora