Ela estava nervosa, agarrada a mão do marido, que a todo instante lhe dizia para ficar tranqüila. Mas como ela poderia ficar tranqüila quando ia enfrentar toda a alta sociedade da cidade? Pessoas que ela passara a vida evitando, mesmo quando morava com o pai, dava um jeito de escapar dos encontros dos grandes empresários e suas esposas que pareciam bonecas de tão bonitas.
Mas ali estava ela, sobre os salto altos agora trêmulos, caminhando na direção da entrada do salão. Ao contrario dela, Santiago estava magnífico, em um terno escuro, de gravata azul, cabelo bem penteado formando um topete discreto, e exalando um perfume agradável. Não combinavam como casal, ela andava sempre olhando para baixo, e ele imponente, sempre de cabeça erguida cumprimentando quem aparecia em sua frente. E conforme passavam pelas pessoas, reações já esperadas por ela aconteciam. Podia jurar ouvir os risinhos quando passava pelas mulheres. E a tal sororidade, não existia mais? Ela fez o que achava certo no momento, e o que considerava certo na vida. Não se rebaixou aos comentários, as risadinhas. Empinou o nariz e se achegou mais ao marido, porque podiam estar rindo dela, mas quem tinha aquele homem maravilhoso era a feia, e não elas, a maioria casadas com homens barrigudos e carecas, obviamente por dinheiro.
— Esse é Romeo, meu amigo. Ele investe na bolsa. — disse Santiago ao chegarem perto de um cara loiro, muito bonito.
— É um prazer conhecê-lo, Romeo. — Mariane falou cumprimentando-o.
— O prazer é todo meu. Eu estava ansioso para conhecer a esposa de Santiago. Você foi assunto no nosso grupo nos últimos dias. — contou o rapaz rindo.
Ela podia imaginar que tipo de assunto ela se tornara. A feia que se casou com o dono do grupo Stenfons. Já nem a afetava mais.
— Ei Hector, aqui! — Santiago ergueu o braço chamando o homem a mulher.
O casal se aproximou, e a mulher ficou séria ao olhar para Mariane, e não a cumprimentou. Já o marido, era muito alegre, e deu a mão para ela, que sorriu amigavelmente de volta.
— Queria que conhecesse minha esposa.
— Ela é... — o homem a olhou de cima a baixo. — Vamos beber algo? — mudou de assunto, deixando a jovem chateada.
Mas antes que ele mudasse de assunto, do que saísse algo ruim de sua boca.
Havia garçons com bandejas servindo canapés, e quando o homem passou por ela, Mariane pegou quatro de uma vez. Melhor do que obrigar o pobre garçom de fazer mais uma viagem não é?
E enquanto comia, assistia o marido conversar com o amigo, falavam de negócios. A essa altura a mulher dele tinha saído atrás de champanhe, e não tinha trocado uma única palavra com a jovem. Bem, não fazia falta, ela podia se contentar com a comida em vez da presença de gente mal educada. Comida não maltratava, e não julgava. Melhor companhia.
— Vamos beber algo, querida? — ele a chamou, mas parou para limpar a boca dela, sorrindo como um bobo. — Fez bem em comer algo, a conversa estava realmente chata.
— Não sei como agüenta tudo isso, Santiago. Não vejo a hora de irmos embora. — ela foi sincera.
Ele riu.
— Mais dez minutos e teremos feito nossa parte, poderemos ir embora. Tenho planos para você. — sussurrou ele, arrepiando-a.
Cada um pegou uma taça de champanhe que o garçom serviu, e aproveitaram por um momento a companhia um do outro. Ele não conseguia parar de rir dela. Mas não ria de deboche. Era de adoração, de veneração. Quase não conseguia desviar o olhar dela, de como ela estava linda, de como seu rosto parecia reluzir à luz daquele lustre glorioso. Como ele desejava chegar logo em casa para enfim deleitar-se com ela, sem amarras, sem vendas nos olhos e sem impedimentos.
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O CEO que amei COMPLETO ATÉ DIA 10/04
RomansaMariane é filha de um dos maiores empresários do ramo automobilístico dos Estados Unidos. Ela dá aulas para detentos na penitenciária, o que desagrada o pai, que esperava um futuro melhor para a filha. Ele então decide que ela deve se casar com Sant...