Capítulo Dezoito

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Na manhã seguinte, Mariane chegou ao trabalho animada, usando uma saia azul escuro e uma camisa branca, salto alto preto. Estava linda, realmente. Santiago já estava no escritório, e quando ela entrou, ele ergueu os olhos do papel que lia e a fitou com curiosidade. A jovem notou que havia uma pequena mesa posta ao lado da dele, e se animou em ir até lá, colocando sua bolsa sobre ela.

— Bom dia. — disse sorrindo.

Ele a encarou com desanimo.

— Eu pensei melhor, e decidi que não cabe a você trabalhar aqui. Pode voltar a dar aulas na penitenciaria, se quiser.

Havia confusão no olhar dela.

— Deve estar brincando... Havia concordado ontem com isto. Não vou sair daqui. — reclamou ela, indignada.

Ele virou a cadeira para ela, ficando de frente.

— Vai sim, ou eu chamo os seguranças. — ameaçou ele.

Mariane cruzou os braços, brava. Quem ele estava pensando que era? Aquela empresa também era dela.

— Pois acionarei meus advogados se não me deixar trabalhar. É um direito meu. — foi dura, os olhos ardendo de vontade de chorar.

Ele não podia fazer isso com ela.

— Bem, se é assim, podemos conversar. — cedeu Santiago, receoso. Não queria problemas na justiça. — Tentaremos por uma semana.

Um sorriso vitorioso nasceu nos lábios dela.

— Eu darei meu melhor. — prometeu ela.

Sentou-se na cadeira que fora arrumada para ela, e esperou que ele lhe desse o que fazer. Logo ele lhe entregou uma pilha de papéis, documentos que precisavam ser revisados com urgência até o final do dia, o que para ela seria fácil, já que lia muito bem e se concentrava com facilidade.

Quanto a Santiago, cuidou de sua parte, que consistia em analisar os balanços do ultimo semestre, e se preparar para a reunião com um investidor coreano amanhã. Haveria uma tradutora para a reunião, e como o homem mau que ele era, estava pensando em levar Mariane com ele, apenas para ver como ela se comportava. Se a sua esposa queria aventurar-se verdadeiramente no mundo dos negócios, ela teria isso.

Mas a respeito do pobre homem, era preciso dizer que ele contemplou um novo problema com a presença daquela mulher ali do seu lado. Ele não conseguia se concentrar em porra nenhuma com aquele perfume que o envolvia, com aquele cabelo que descia até os quadris, com a pele macia, com os lábios vermelhos. Inferno, ele só sabia desejá-la, morria por fodê-la ali mesmo sobre sua mesa, e o faria facilmente caso não houvesse uma grande rejeição por parte dela.

Ele sabia que seria um homem morto se encostasse nela, ela o fuzilava com o olhar de uma mulher traída. A diferença é que ela não fora realmente traída. Grande ironia.

— É horário de almoço. Quer comer comigo? — perguntou ele, levantando-se.

Ela olhou para o relógio e depois para ele.

— Tenho compromisso. Eu volto a uma hora. — e simplesmente saiu, rebolando, sem olhar para ele.

Santiago se sentiu mal por ser rejeitado, e pensou se esse seria seu mal agora. Porque ele não desistira de conquistar Mariane novamente, ele colocaria o plano em pratica outra vez, e ainda a faria acreditar que nunca houve traição, porque ele não tinha pensado em como provar a ele que fora tudo por causa da bebida. Primeiro, precisaria ganhar a confiança dela mais uma vez, e talvez, na mais difícil das hipóteses, fazê-la se apaixonar de novo por ele. Era um grande trabalho, que levaria qualquer um a desistir, mas Santiago amava Mariane, e faria de tudo para tê-la outra vez.

O CEO que amei COMPLETO ATÉ DIA 10/04Onde histórias criam vida. Descubra agora